CNseg lança agenda jurídica do mercado segurador

Na próxima quarta-feira, 13, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) lança a primeira Agenda Jurídica do Mercado Segurador. O documento irá tornar público o posicionamento da Confederação sobe as ações de maior relevância para o mercado segurador junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Realizado na OAB-RJ, no Centro do Rio de Janeiro, o evento contará com a presença de CEOs, diretores jurídicos, advogados e autoridades do setor segurador.

O que é uma Agenda Jurídica?
É uma ferramenta organizacional projetada para profissionais do Direito, como advogados, juízes, e estudantes da área. Ela contém informações cruciais e datas importantes relacionadas ao ambiente jurídico.

Para que serve?
Uma Agenda Jurídica específica para o mercado segurador, como a Agenda Jurídica do Mercado de Seguros 2024, serve para organizar e tornar públicas as posições do setor de seguros em relação às matérias judicializadas.

Mercado de soja é sacudido por incertezas econômicas

Fonte: FF Seguros

O mercado da soja está enfrentando uma série de desafios que demandam maior atenção e planejamento por parte dos produtores. Os preços da oleaginosa estão pressionados para baixo na Bolsa de Chicago, com tendência de queda até a próxima safra. A conjuntura ainda é agravada por custos elevados e imprevisibilidade climática.

“Diante dessas incertezas e da provável redução das margens de lucro, é fundamental que os produtores busquem melhorar a gestão de riscos dos negócios e planejem antecipadamente a safra de soja 2024/2025”, alerta Diego Caputo, gerente comercial de agronegócios da seguradora FF Seguros.

Cenário produtivo

A perspectiva de oferta elevada de grãos é o fator que está sustentando a tendência de queda dos preços internacionais da soja. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou avanço na área semeada e maior produção mundial de soja, com um salto de 378 milhões de toneladas na safra passada para 398,2 milhões de toneladas de soja na temporada 2023/24, segundo levantamento em fevereiro.  

Embora especialistas estimem que a demanda por soja possa crescer quase 5%, a demanda não acompanha o ritmo de crescimento da oferta mundial para absorver os estoques da oleaginosa, resultando em estoques de passagem globais historicamente altos. De acordo com cálculos do Cepea/USP, a relação estoque/consumo da safra 2023/24 pode ficar em 29,9%, o maior percentual registrado em cinco anos.

No Brasil, várias regiões produtoras foram castigadas por intempéries e a perspectiva de safra recorde já foi negada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que reduziu a previsão de produção para 149,4 milhões de toneladas de soja, em levantamento de fevereiro.

O valor da saca no mercado interno está sendo negociado abaixo de R$ 100. Além da baixa remuneração, os produtores reclamam porque os custos atuais de produção estão elevados. “Com uma relação de troca extremamente apertada, os produtores precisam ter muito cuidado durante a comercialização da soja e compra de insumos da próxima safra para conseguir equilibrar as finanças”, alerta Caputo.

Clima

Além da limitação na rentabilidade, há de se considerar a grande preocupação com o clima. A prevista chegada do La Niña no segundo semestre já sinaliza a probabilidade de secas na região Sul, o que pode prejudicar significativamente a produção, e pairam incertezas sobre o comportamento climático na região Centro-Oeste. “Nesse contexto, o seguro agrícola se destaca como uma ferramenta essencial para a gestão de riscos, mitigando possíveis danos causados pelo clima às lavouras. O produto previne perdas financeiras e protege as operações de crédito”, diz Caputo.

A seguradora FF Seguros enfatiza a importância da contratação de seguro agrícola como uma medida crucial para garantir a perpetuidade dos negócios no mercado da soja. No entanto, o mercado segurador brasileiro tem capacidade limitada para ofertar apólices de seguro agrícola. Por isso, é fundamental que o agricultor interessado em assegurar a lavoura de soja planeje a negociação da apólice com antecedência.

Os contratos são aprovados de acordo com ordem de chegada em fila de propostas e disponibilidade de recursos da seguradora no momento da assinatura. Além disso, para conquistar a aprovação de subsídio concedido pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), uma política integrada ao Plano Safra, recomenda-se que o pedido seja apreciado com antecedência, sendo o processo de análise sujeito ao esgotamento de recursos liberados pelo Governo Federal.

“Enquanto os estoques globais estão com níveis elevados, temos o aumento dos custos, a redução dos preços das comodities e a incerteza climática, associados à baixa capacidade estática de armazenagem nacional. Esses fatores compõem o cenário desafiador que pode se manter até 2025”, resume Caputo. “No entanto, acreditamos que uma gestão mais eficiente no campo e o uso de ferramentas como o seguro agrícola podem ajudar os produtores a enfrentar os problemas com resiliência e fechar as contas no azul.”

CNseg lança projeto em parceria com Senac RJ para educação técnica de jovens de baixa renda

Fonte: CNseg

A Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Rio de Janeiro (Senac RJ), com apoio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, via Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), assinaram nesta quarta-feira (06/03) o termo de Cooperação Técnica para realização do projeto Programadores Cariocas no Mercado Segurador. Voltado ao treinamento em análise de dados associada a conhecimentos do setor segurador, o projeto visa qualificar, por meio de curso especializado, jovens egressos da rede pública de ensino e participantes da fase inicial do Programadores Cariocas, oferecido pela Prefeitura em 2023. Com o Programadores Cariocas no Mercado Segurador, a expectativa é formar 50 alunos e contribuir para reduzir o déficit de profissionais capacitados para atender às demandas do setor segurador em tecnologia.

O curso, promovido presencialmente pelo Senac RJ, será dividido em duas turmas de 25 alunos. Ao final das aulas, que se iniciam no próximo dia 11 de março e seguem por 16 semanas, 10 dos 50 alunos terão emprego garantido pela CNseg no setor segurador. Além da oferta de trabalho, a CNseg dará uma bolsa de estudos mensal de R$ 500 (quinhentos reais) como forma de assegurar o transporte e alimentação durante o treinamento.

Participaram da cerimônia de lançamento do projeto, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira; o subsecretário Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), Marcel Balassiano; e o diretor de Operações do Senac Rio, Pedro Teixeira; além dos jovens aprovados no processo seletivo.

Para o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, o setor de seguros está em um momento de muita demanda de contratação de pessoal em virtude de seu crescimento, principalmente da área de tecnologia. “É um momento importante para trazer os jovens. Então, daí surgiu essa ideia de criar um projeto específico dentro do Programadores Cariocas, que inclusive a gente está repetindo em outros estados. Temos negociações avançadas também com o Pará, para uma turma em Belém”.

Oliveira reforça que o projeto ainda tem um viés importante de unir a necessidade das empresas do setor privado com ações para redução da desigualdade social no Brasil. “Quando olhamos no geral, o Brasil é grande, rico e forte, mas quando olhamos na granularidade a gente vê que tem muita desigualdade. É papel de todos nós, das empresas setor privado e do governo trabalhar, permanentemente, para quebrar esse ciclo de desigualdade e de pobreza”, disse o executivo. 

Para ele, a melhor maneira de fazer isso é investindo na juventude, na capacitação, no treinamento e na motivação. “Estamos confiantes que sairemos daqui com uma turma muito bem-preparada e que terão oportunidades no mercado de seguro. 10 deles serão contratados por empresas associadas à CNseg, mas eu tenho absoluta certeza de que muitos deles vão acabar se colocando muito bem dentro do mercado de seguros e que serão bem-sucedidos em suas carreiras”.

Pedro Teixeira, diretor de Operações do Senac RJ afirma que essa é uma grande oportunidade para os 50 alunos aprovados, que já passaram por uma seleção com outros 528 jovens. “Esses jovens não teriam uma oportunidade como essa em um mercado importante na economia do nosso país. Então, o Senac está muito feliz em conseguir operacionalizar essa parceria com a CNseg. E em nossa experiência, quando o jovem tem oportunidade, ele agarra com toda vontade já que, em sua maioria, o que falta é qualificação e educação”, afirma.

Ao propor a parceria, a Confederação fortalece os mecanismos de retorno de benefícios à sociedade, ao mesmo tempo em que possibilita a formação de mão de obra técnica, que poderá contribuir para o processo de aceleração da transformação digital do mercado segurador e de fomento à adoção de novas soluções tecnológicas. Segundo Marcel Balassiano, o setor financeiro, que inclui o setor de seguros, é muito forte no Rio de Janeiro, “então, acho que o casamento entre o Programadores Cariocas e essa especialização do mercado segurador é muito positivo para todos”, concluí.

Brasilprev supera a marca de R$ 400 bilhões em ativos sob gestão

Angela assis Brasilprev

Fonte: Brasilprev

A Brasilprev superou a marca de R$  400 bilhões em ativos sob gestão neste ano. Esse resultado foi alcançado a partir do foco da empresa em colocar o cliente no centro das suas decisões, por meio de  investimentos em inovação apoiada por dados e tecnologia, ampliação de fundos de investimentos e assessoria personalizada, alinhada ao perfil e objetivos de cada participante. 

“Esse é um marco muito importante para a Brasilprev. Ultrapassar R$ 400 bilhões em ativos sob gestão é uma demonstração da confiança dos nossos mais de 2,6 milhões de clientes.  Estamos empenhados diariamente em oferecer uma consultoria de qualidade, investimos em novos canais digitais e uso de dados para que a jornada com nossa empresa seja uma evolução contínua rumo à realização de projetos futuros”, afirma a presidente da Brasilprev, Ângela Assis em nota enviada à imprensa.

“Além disso, é fundamental ressaltar que a forte parceria com o Banco do Brasil e sua rede de agências foi fundamental para o alcance dessa marca, além do apoio e expertise dos nossos acionistas BB Seguros e Principal”, finaliza a executiva.

AXA no Brasil estimula debate sobre equidade no mês das Mulheres

Fonte: AXA

Com o mote “Ser mulher não deve ser um risco”, a AXA no Brasil convida as pessoas a refletirem sobre o papel das mulheres na sociedade e no mercado de seguros. Com políticas de RH e assistências que contribuem para a construção de um mundo em que a mulher pode ser ela mesma em sua plenitude, a companhia levanta conversas sobre condições de trabalho e vida para o público feminino durante todo o ano. 

Em março, a empresa evidencia a Assistência Maria, serviço oferecido junto ao seu Seguro de Vida em Grupo e Acidentes Pessoais. Ela funciona como uma aliada no combate à violência contra a mulher e permite à segurada a criação de uma rede de proteção composta por até três pessoas que serão acionadas quando a usuária estiver numa situação de risco. Essa rede irá comunicar serviços públicos e privados voltados para os casos de violência para auxiliar a pessoa em vulnerabilidade. A Assistência Maria também dá acesso a um banco de dados com perguntas mais frequentes sobre violência doméstica e pode oferecer indicação de advogadas especializadas no tema, conforme solicitação e preferências de cada usuária.

As ações da companhia para a criação de um ambiente de negócios favorável a todos vão além: o tema de equidade de gênero é um braço forte dentro da atuação ESG da AXA no Brasil. Isso se dá por meio de políticas claras e transparentes, como a que especifica que em todas as contratações e promoções internas, é necessário ter pessoas de gêneros diferentes entre os finalistas. A partir dessa exposição à diversidade, escolhe-se o profissional mais adequado para o desafio em questão. O resultado é visto em dados: 53% dos cargos de lideranças são ocupados por mulheres. 

Além disso, a companhia traz um olhar empático em programas como o We Care, que dá aos colaboradores condições para cuidar de si e de parentes próximos, buscando maior equilíbrio em momentos importantes da vida. Entre as iniciativas, destaque para as que falam diretamente com o público feminino, como 5 dias de licença para colaboradoras impactadas por perda gestacional e até 4 meses para as que tenham a experiência de um natimorto. Outro item é a flexibilidade de local de trabalho para mulheres que enfrentam problemas de saúde menstrual ou com a menopausa. 

“O mercado de seguros tem a proteção como seu princípio básico e a AXA no Brasil, como companhia, tem a responsabilidade e o dever de trabalhar para fomentar espaços de discussão e inclusão das mulheres. É preciso quebrarmos uma estrutura do passado e oferecer às profissionais condições para elas se desenvolverem e atingirem todo seu potencial. Sonhamos com o dia que isso será um padrão e trabalhamos para sermos um exemplo não só no nosso setor, mas como em todo o universo corporativo. Além disso, ao pensar nos nossos produtos, sempre temos o olhar para como eles podem contribuir para solucionar problemas sociais e ambientais, gerando um impacto ainda mais amplo”, explica Alexandre Campos, vice-presidente de RH, Jurídico, Compliance e Sustentabilidade e General Secretary da AXA no Brasil.

Durante o mês de março, a AXA no Brasil promoverá uma roda de conversa interna para as seus colaboradores com as líderes que integram o comitê executivo debatendo o tema “Ser mulher não deve ser um risco”, com Mariana Guglielmetti, membro do Conselho da Casa José Coltro, nossa parceira, e mediado pela presidente da Sou Segura, Liliana Caldeira, associação da qual a AXA faz parte. Além disso, o Instagram da companhia (@axanobrasil) terá um conteúdo especial sobre o tema. 

Curso da ENS oferece certificação no mercado de seguros cibernéticos

claudio Macedo bluecyber seguros cyber cibernéticos

O mercado global de seguro cibernético somou US$ 5,8 bilhões em 2019, devendo chegar a US$ 22,5 bilhões em 2025 e saltar a US$ 33,3 bilhões em 2033, segundo estimativas da Munich Re. Os custos com crimes desse tipo em todo o mundo somaram US$ 8,44 trilhões em 2022, podendo chegar a US$ 24 trilhões em 2027. E é de olho nesse nicho que só cresce que a Escola de Negócios e Seguros (ENS) lançou a Certificação Avançada em Seguros Cibernéticos: da Elaboração do Produto à Comercialização.

Claudio Macedo, cofundador da Bluecyber, insurtech pioneira em seguros cibernéticos no Brasil, é um dos professores. “Esse mercado está crescendo muito. E a indústria de seguros cibernéticos oferece soluções inovadoras e abrangentes para diversos canais de distribuição, principalmente os corretores de seguros.

A capacitação é necessária e está sendo oferecida no momento certo, de expansão desse produto”, diz Macedo, que tem 36 anos de mercado segurador no Brasil e na Europa e, em 2017, foi pioneiro na corretagem de seguro cibernético no país.

O curso inédito, que começa em junho, vai apresentar os seguros cibernéticos disponíveis no Brasil, como o da Bluecyber, focado em pequenas e médias empresas e famílias, e preparar os profissionais para as situações e processos de análise de riscos cibernéticos.

Newe Seguros investe na equipe de seguros financeiros e contrata Dennys Brazão

Dennys Brazão Newe Seguros

A Newe Seguros reforça a equipe para consolidar sua posição entre as principais seguradoras de seguros para Linhas Financeiras e anuncia a contratação de Dennys Brazão como gerente comercial. Com mais de 18 anos atuando no mercado financeiro e de seguros, com foco em gestão, inovação e empreendedorismo, o executivo se junta ao time com garra para conquistar os corretores de seguros com um relacionamento próximo e muita tecnologia para facilitar o dia a dia dos profissionais de vendas. 

“Chego com a oportunidade de desenvolver nosso time comercial e ajudar a projetar nossa marca no Seguro Garantia e Fiança Locatícia e fazer valer a flexibilidade e o dinamismo que já está no DNA da Newe para melhorar ainda mais e experiência do nosso cliente. Nos prevalecer da expertise que temos em análise de crédito e de riscos para sermos proativos com nossos corretores parceiros e sempre em busca da excelência e qualidade no atendimento”, afirma.

Segundo Dennys Brazão, a nova posição e abordagem da Newe Seguros com a compra de 35% das ações da CBM, holding da seguradora, pela gestora de fundos de investimentos BlueOrchard (BO), o conquistou. “Uma seguradora especializada em nichos, inicialmente em agronegócios, e que quer crescer em linhas financeiras para pequenas e médias empresas é uma imensa oportunidade de alçar novos horizontes. Temos muito para plantar neste primeiro semestre e colher no segundo”, contou ao Sonho Seguro, acrescentando que o mês de março já traz resultado do seu empenho em conquistar os corretores de seguros. 

Com formação em Marketing, com ênfase em gestão financeira e especialização em inovação e empreendedorismo empresarial, Dennys Brazão atuou pela Pottencial Seguradora e JNS Seguros e passou pelo Banco Safra, Itaú e Santander. “O segmento de seguro garantia tradicional tem muito a crescer. Estamos otimistas de que o Brasil vai avançar com os investimentos em infraestrutura, o que desencadeará um crescimento de diversos segmentos da economia e aumentará a demanda por seguros que garantam o cumprimento dos contratos”, disse. 

A expectativa da seguradora é dobrar a carteira de Riscos Financeiros neste ano, informa Átila Santos, diretor do segmento de Linhas Financeiras da Newe Seguros. “Investimos em tecnologia, numa plataforma de fácil usabilidade, em que os corretores podem, com alguns cliques, emitir uma proposta apenas com o CNPJ do tomador. Temos valores de limites de cobertura aprovados em até R$ 5 milhões para facilitar e agilizar o atendimento. A adesão à nossa plataforma tem sido ótima, praticamente toda a nossa base de corretores opera com a nova ferramenta”, contou.

“Estou aqui para construir soluções inovadoras com nossos parceiros e corretores. Tenho convicção de que atingiremos nossas metas e cresceremos apoiados em tecnologia e na prestação de um atendimento personalizado ao corretor de seguros, com oferta de produtos que blindarão o patrimônio de seus clientes de riscos financeiros”, finaliza Dennys Brazão.

VALOR: Grupo de trabalho vai direcionar iniciativas regulatórias da Susep

Alessandro Octaviani susep

Fonte: Valor

O seguro vai ser um dos componentes essenciais para viabilizar os projetos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e da Nova Política Industrial, afirma o chefe da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, em entrevista ao Valor. Segundo o dirigente do órgão regulador, o papel dos seguros de grandes obras não é só o de “resolver o passado”, mas de “ajudar a planejar o próprio futuro” dos setores envolvidos nos programas.

Octaviani citou como exemplos propostas para o campo e as cidades do país. “Quais são as grandes infraestruturas de que o país precisa? Como as eventuais mudanças climáticas vão afetá-las? Com o tratamento massivo de dados, que só vão aumentando, e o uso de tecnologias analíticas, os seguros são capazes tanto de recepcionar o risco quanto indicar caminhos futuros [ter características preditivas]. Por exemplo, no caso das mudanças climáticas, além de mitigar riscos, o seguro pode ter um papel chave na coordenação de como esses impactos serão tratados e como prevenir as catástrofes”.

No âmbito do PAC e da chamada “neoindustrialização”, a Susep organizou um grupo de trabalho (GT) para propor aperfeiçoamento regulatório de produtos e coberturas securitárias. Foram convidados cerca de 120 entidades de diversos setores, como construção, agro, energia, telecomunicação e outros, além de especialistas, agências reguladoras e representantes dos órgãos governamentais para participar das discussões. O primeiro relatório das reuniões conduzidas desde outubro do ano passado foi concluído nesta semana.

“O seguro tem um papel importante na mobilização de investimentos públicos e privados”, diz Octaviani. “Nos projetos de infraestrutura, um bem desenhado contrato de seguro, quando estabelece uma garantia futura para os riscos, de cara já libera mais capital que pode ser investido no próprio negócio”, avalia.

Em outra ponta, os produtos securitários ajudam a assegurar a continuidade de obras, indenizando riscos que se materializem. Na ocorrência de um “sinistro”, ou seja, de um evento coberto, há injeção de recursos que vão garantir a continuidade do projeto. A nova Lei de Licitações também prevê que a seguradora possa assumir as obras e terminar o contrato, caso haja uma cláusula de “step in”, prevendo sua atuação. A existência de garantias sólidas, acrescenta o dirigente, ajuda a atrair recursos de investidores locais e internacionais. “O seguro tem essa função de ser multiplicador estratégico na economia, com melhora do clima de confiança.”

De acordo com o superintendente, os resultados do GT vão balizar os aprimoramentos regulatórios do órgão para os próximos anos nas questões de grandes obras. “O GT gerou um diagnóstico a ser trabalhado ao longo dos anos pela Susep. Temos uma oportunidade regulatória. Às vezes é uma questão de colocar todo mundo na mesa, conversar e se entender para saber como podemos trabalhar essas melhorias.”

De acordo com a diretora da Susep Julia Normande Lins, que coordenou os trabalhos do grupo, um ponto verificado nas discussões foi que muitos clientes não sabiam nem como identificar os próprios termos relacionados a determinados seguros. “Esses encontros foram muito interessantes para nós entendermos o quanto é necessária essa aproximação entre os segurados, a Susep, as seguradoras e os corretores.” Conforme a especialista, o GT traz uma visão estratégica “para melhorar a infraestrutura institucional, o contrato de seguro, os negócios e a nossa regulação, gerando efeitos multiplicadores e mobilizadores de investimentos”.

Após a publicação das conclusões do relatório, a Susep pretende elaborar várias trilhas de normas específicas para cada segmento, como seguro garantia, transporte, responsabilidade civil, riscos de engenharia, agro e outros. “Cada eixo da indústria gerou diagnósticos que são fontes para nossa futura normatização”, afirma o superintendente.

A diretora Lins cita como exemplo dessa nova dinâmica trazida pelo GT uma sugestão levada à mesa pelos participantes de um novo tipo de seguro garantia para proteger investidores de debêntures incentivadas e debêntures de infraestrutura contra determinados riscos das operações. “A partir do pleito, vamos colocar numa mesa seguradora, instituições financeiras, outras entidades, a Susep para propiciar o desenvolvimento desse produto específico”, explica.

Algumas propostas incluem agenda permanente de reuniões entre reguladores, mercado e órgãos públicos. O regulador pretende ainda estabelecer um calendário anual de reuniões de trabalho com outras agências, como Aneel, Artesp, ANTT e ANP.

Octaviani afirma ainda que a Susep vai lançar no primeiro semestre de 2024 um grupo de trabalho voltado ao resseguro. “No nosso plano de regulação, temos um grupo só para o resseguro. Vai ser lançado neste semestre e o objeto é a criação de uma política nacional de resseguro.” O superintendente explica que, entre os temas, o fórum vai tratar de como “equalizar condições tributárias entre resseguradores locais e estrangeiros”.

Susep detalha melhorias em seguros para ampliar a oferta para a sociedade

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) acaba de publicar o Relatório Final do Grupo de Trabalho “Seguros, Novo PAC e Neoindustrialização”, que foi constituído em setembro de 2023 e teve como finalidade discutir e propor recomendações de aperfeiçoamento regulatório de produtos e coberturas securitárias capazes de dar suporte e impulso ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (“Novo PAC”) e à Nova Política Industrial (“Neoindustrialização”), ambos em andamento e eixos centrais das oportunidades de crescimento econômico para a sociedade brasileira.

De acordo com o Superintendente da Susep, Alessandro Octaviani, “o seguro é muito importante tanto para a infraestrutura como para as inovações tecnológicas, como um incentivador, como um amenizador das instabilidades. E essa é a missão da Susep: fazer que o seguro seja um instrumento adequado para esse novo ciclo de desenvolvimento do país.”

Veja abaixo as oportunidades de melhorias identificadas no relatório.

RISCOS DE ENGENHARIA:

Oportunidades de melhoria com relação à oferta e adequação dos contratos de seguros; diminuição da morosidade do mercado segurador com relação à aceitação ou não dos riscos; necessidade de capacitação dos segurados e de melhora na regulação com relação às Circulares Susep n. 620/2020 e n. 621/2020.

RISCOS OPERACIONAIS / NOMEADOS:

Oportunidades de melhoria com relação à oferta de produtos; custos do seguro; complexidade das exigências feitas pelas seguradoras e necessidade de transparência sobre a relação entre o custo da apólice e o risco envolvido na operação.

GARANTIA:

Oportunidades de melhoria com relação à adequação às novas realidades e modernização da metodologia de subscrição de riscos das seguradoras; adequação da oferta aos interesses seguráveis, em especial quanto à necessidade de implementação do seguro garantia Completion Bond; falta de efetividade na execução do seguro; complexidade e morosidade dos procedimentos de regulação e liquidação de sinistros; assimetria de informações pela ausência de clausulado padrão; restrição de acesso ao produto por conta da exigência de contragarantias; e necessidade de melhorias regulatórias.

RESPONSABILIDADE CIVIL:

Com relação ao RC Geral e D&O, oportunidades de melhorias pertinentes à oferta de determinados produtos.

RISCOS CIBERNÉTICOS:

Oportunidades de melhorias relacionadas à baixa oferta e necessidade de ganho de escala desses instrumentos; complexidade das exigências relacionados aos planos de resposta a incidentes, plano de recuperação de desastres e estrutura de disaster recovery; complexidade das exigências relacionadas aos planos de resposta a incidentes, plano de recuperação de desastres e estrutura de disaster recovery; necessidade de governança da segurança cibernética do país; e necessidade de discussão sobre como funciona o seguro que garante riscos cibernéticos, sobre o seu próprio funcionamento e identificação de formas de proteção.

SEGUROS RELACIONADOS À INFRAESTRUTURA E NEOINDUSTRIALIZAÇÃO:

Necessidade de uma melhor capacitação do aparelhamento público e privado quanto às modalidades de seguros e respectivas coberturas; falta de clareza quanto aos clausulados e procedimentos que dificulta ou mesmo impede a efetividade do contrato de seguro; necessidade de transparência dos custos associados aos seguros para todas as partes envolvidas e de adequação da cobertura à realidade concreta da operação; necessidade de adaptação do mercado segurador às novas realidades experimentadas nos setores de infraestrutura e indústria e de diálogo relacionado a sinistros complexos e emergentes; necessidade de acelerar a oferta e a concorrência de produtos especializados no segmento de infraestrutura urbana e social, com capacidade e autonomia para assumir riscos previstos nos contratos; pouca divulgação e baixa oferta dos produtos; custo elevado do valor do prêmio e das franquias do seguro; necessidade de melhoria na gestão dos sinistros e do atendimento ao segurado no momento de regulação e liquidação dos sinistros; necessidade de diálogo entre seguradoras e resseguradoras para melhoria da aceitação e gestão de riscos; necessidade de maior capacidade do mercado de resseguros e o estabelecimento de um ambiente de competição para esse mercado; e necessidade de uso da tecnologia para aprimorar a avaliação dos riscos.

TRANSPORTES:

Necessidade de melhorias regulatórias; de adequação dos produtos ofertados para o transporte de novas tecnologias, soluções e produtos inovadores, e insumos estratégicos da cadeia do complexo industrial da saúde (ex: enzimas e anticorpos).

SEGURO RURAL:

Falta de oferta; necessidade de adequação do seguro rural, com o desenvolvimento de seguros customizados; elevada assimetria de informações e falta de clareza das apólices; necessidade de melhoria da gestão de riscos e de transparência na composição dos custos do seguro; dificuldade de acesso ao seguro para pequenos agricultores; necessidade de abertura de um canal de diálogo para colaboração entre entidades públicas, privadas e especialistas; e necessidade de melhorias legais e regulatórias.

SEGURO DE CRÉDITO E DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO:

Falta de oferta de seguro de crédito e necessidade de aumento da interação da Susep com outros reguladores do mercado financeiro para que o seguro de crédito possa gerar mais efeitos positivos no país.

FUNERAL / ACIDENTES PESSOAIS / PRESTAMISTA / HABITACIONAL:

Para o funeral, foi sugerido que seja acoplado ao Programa do Bolsa Família, ampliando o alcance social do programa. Para os seguros de acidentes pessoais e prestamista, foi mencionado que a utilização de termos menos técnicos é essencial para melhor entendimento destes produtos, facilitando a compreensão do setor e da sua relevância social e econômica, com suporte de campanhas educativas para a população. Com relação ao seguro habitacional, foram sugeridas melhorias regulatórias com o objetivo de facilitar o acesso da população a esse ramo de seguro.

Bradesco Vida e Previdência anuncia parceria com Mel Fronckowiak para promoção de seguro viagem

Fonte: Bradesco

A Bradesco Vida e Previdência anuncia parceria com a apresentadora, atriz e escritora Mel Fronckowiak para promoção do Seguro Viagem, com objetivo de destacar os atributos e benefícios existentes.  

Diretor de Marketing do Grupo Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira destaca que é parte da missão da Companhia ampliar a cultura do seguro entre a população e ressalta a relevância da ação. “A parceria do Grupo com a Mel, que é uma referência em viagens, é uma oportunidade para alcançarmos ainda mais pessoas e reforçarmos a importância do seguro viagem, já que esse produto é destinado aos clientes que buscam uma solução para esse período”.

“Por mais planejamento que haja, todos estamos sujeitos a imprevistos, e o seguro viagem traz tranquilidade para situações inesperadas, antes e, principalmente, durante a viagem, seja ela nacional ou internacional”, finaliza Bernardo Castello, diretor da Bradesco Vida e Previdência.

Entre os principais benefícios do seguro viagem, estão:

  • Cancelamento prévio de viagem: caso precise cancelar a viagem devido a imprevistos, como doença, lesão ou emergência familiar, o seguro pode reembolsar as despesas não reembolsáveis já pagas.
  • Extravio ou perda de bagagem: se a bagagem for perdida, roubada ou danificada durante a viagem, o seguro pode reembolsar o valor dos itens perdidos ou cobrir as despesas para substituí-los.
  • Despesas médicas hospitalares: caso necessário, o benefício pode cobrir despesas médicas inesperadas, incluindo atendimento hospitalar, consultas médicas, medicamentos e tratamentos durante a viagem.
  • Assistência jurídica: se for necessário durante a viagem, o seguro pode fornecer orientação jurídica, o que garante mais segurança para o segurado e sua família.
  • Translado médico: em caso de doença grave ou lesão durante a viagem que exija um transporte especializado para um hospital ou centro médico mais adequado, o seguro pode cobrir os custos do translado médico.
  • Regresso sanitário: caso o segurado fique hospitalizado durante a viagem e não possa retornar ao seu país conforme planejado, o seguro pode cobrir as despesas de regresso sanitário, garantindo a repatriação com segurança.
  • Hospedagem pet: a assistência viagem organizará a hospedagem do seu animal doméstico em hotel para animais ou canil indicado ou mais próximo da sua casa.