Matéria extraída do portal da CNseg (www.cnseg.org.br)
Um dos principais desafios da nova diretoria da CNseg é ocupar espaço mais significativo dentro da sociedade brasileira, o que inclui o aprimoramento da comunicação do setor com os Três Poderes. Assim, Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg e da Bradesco Seguros, maior grupo segurador do Brasil e da América Latina, iniciou sua palestra no Clube de Vida em Grupo de São Paulo (CVG-SP), realizado em São Paulo, nesta quarta-feira. Esse trabalho, iniciado na gestão anterior, precisa ser aperfeiçoado. “Isso não é fácil”, enfatizou.
Segundo ele, é um trabalho contínuo para mostrar a todos a grandeza do setor. “Como comunicar melhor o nosso setor?”, pergunta ele, para a plateia com mais de 100 executivos do segmento de vida e previdência.
Na sequência, Rossi fez questão de mostrar aos presentes um vídeo com vários dados do setor, que muitas vezes passam despercebidos até mesmo de quem trabalha no setor. Em 2012, por exemplo, o mercado segurador brasileiro registrou produção global de R$ 252 bilho~es. Tal resultado fez a participação do setor na formação da riqueza nacional, que ate´ a década de 90 representava pouco mais de 1% do PIB, alcançar cerca de 6%.
“Mas a verdadeira importância de nosso mercado para a vida econômica e social do País vai muito além desse registro de produção e de índices de crescimento”, disse, acrescentando que, do total arrecadado em 2012, R$ 119 bilhões foram devolvidos a` população e aos agentes econômicos sob a forma de pagamento de indenizações de sinistros, despesas médico-hospitalares, benefícios de natureza previdenciária e resgates de títulos de capitalização.
Outra evidência da relevância do mercado é sua participação estratégica no processo de formac¸a~o de poupanc¸a interna e sua atuac¸a~o como investidor institucional, por apresentar massas crescentes de reservas disponi´veis para financiamento de projetos essenciais ao desenvolvimento do Pais.
Em 2012, o mercado segurador brasileiro acumulou proviso~es te´cnicas superiores a R$ 520 bilho~es. Ale´m disso, a atividade seguradora contabiliza, em seu balanc¸o social, o fato de ser um grande propiciador de oportunidades de trabalho: mais de 100 mil pessoas integram empresas de seguros e corretoras. “Ou seja, sugiro a todos adocicar a limonada, com todos mostrando aos clientes dados positivos do setor”.
Depois de mostrar um pouco mais do que o setor faz, Rossi abordou um pouco dos desafios da nova gestão da CNseg, citando todos os segmentos, como saúde, previdência e vida, seguros gerais e capitalização. “A FenaSaúde tem feito um trabalho abrangente para mostrar o lado da saúde, equilibrando as notícias dos atendimentos feitos com as queixas citadas pela mídia. “Em previdência e vida, temos de criar produtos que atendam a nova realidade trazida pela longevidade e taxas de juros menores. Em automóvel, é preciso viabilizar o seguro popular de automóvel. Em capitalização, também precisamos mostrar como o sorteio pode mudar a vida de alguém”, citou.
“O mundo mudou”, disse. E muito: temos um cenário de taxas de juros diferente, o que instiga as seguradoras a buscarem soluções que garantam a rentabilidade exigida pelo acionista. Ele citou tanto a criatividade dos gestores em reduzir custos, aplicar recursos, bem como aprimorar o diálogo com a Susep, no sentido de flexibilização de regras e modernização de normas, para que o setor continue crescendo a índices chineses.
Outro desafio, cita o presidente da CNseg, é investir e capacitar ainda mais a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) para desenvolver novos profissionais para o mercado segurador, bem como aprofundar o conhecimento dos profissionais que já estão consolidados no setor. “Temos de ajudar os corretores para que conheçam mais os produtos, dentro desta linha de transformação que o mercado tem tido”.
Para ele, é um grande desafio estar à frente da CNseg neste momento de transformação. “Tenho a certeza absoluta que temos todas as condições de continuar crescendo no mesmo ritmo dos últimos cinco anos, em todos os ramos de atividades”, disse. Para ele, o mercado está apenas chegando na adolescência e “será preciso ajudar que esse adolescente possa chegar à maturidade com valores que garantam a longevidade. Temos de ter no nosso DNA o compromisso de buscarmos sempre nos aprimorar”, finalizou.