AXA Verde: uma abordagem para enfrentar as mudanças climáticas

Cada vez mais prevenção e serviços terão de estar viabilizar o seguro

A AXA do Brasil está empenhada em oferecer soluções que contribuam para o enfrentamento da crise do clima e a transição para uma economia limpa e apresentou hoje ao mercado o AXA Verde. A iniciativa busca posicionar a empresa de forma proativa diante das mudanças climáticas, ajudando seus segurados a gerenciar riscos em um cenário de crescente frequência de desastres naturais. Essa abordagem foi tema da apresentação realizada por Gregory Foulger, Head of Commercial Lines do IMa (AXA International Markets), e Arthur Mitke, VP de Subscrição e Sinistros da AXA no Brasil, na manhã desta terça-feira, em São Paulo.

Com o aumento das perdas relacionadas à severidade do clima, seguradoras tradicionalmente elevam os valores dos seguros ou reduzem sua exposição, o que pode deixar muitas propriedades sem cobertura. A AXA, no entanto, tem adotado uma nova abordagem, focada em auxiliar seus clientes a protegerem melhor seus patrimônios. Um dos exemplos citados na apresentação foi o incentivo ao uso de materiais de construção não inflamáveis, reduzindo riscos e prejuízos.

Para fundamentar a urgência de um aprofundamento na cultura do risco, Foulger citou dados divulgados recentemente pelas principais resseguradoras do mundo. Os desastres naturais custaram ao mundo cerca de US$ 310 bilhões no ano passado, dos quais US$ 135 bilhões foram indenizados a clientes em 2024. “Os seguros desempenham um papel essencial na continuidade das economias e do setor financeiro. Na AXA, buscamos desenvolver uma perspectiva tecnológica alinhada com essas mudanças, oferecendo coberturas, produtos e soluções que atendam a esse novo contexto.”

O AXA Verde é um pilar estratégico da empresa, criado para apoiar os segurados na adaptação aos desafios ligados à agenda ESG (Environmental, Social, and Governance). A iniciativa abrange coberturas customizadas, prevenção de riscos, estímulo à energia limpa e práticas sustentáveis, como gestão de sinistros e descartes sustentáveis. Além disso, também inclui soluções para a transição energética, como seguros para veículos elétricos.

Gregory Foulger enfatizou a importância da prevenção e da inovação no setor de seguros. “Estamos tentando nos afastar da simples indenização dos segurados e buscando oferecer serviços e soluções. Quando olhamos para o nosso propósito geral, que é agir pelo progresso humano protegendo o que importa, trata-se de previsão e prevenção de perdas. Há uma estatística que diz que cada US$ 1,00 gasto em prevenção equivale a cinco ou sete dólares economizados após a ocorrência de uma perda. Investir em previsão, prevenção e engenharia de riscos é vantajoso tanto para a seguradora quanto para o cliente.”

Arthur Mitke destacou o compromisso da AXA em soluções holísticas que permitem que os clientes tenham acesso a produtos e serviços, independentemente do seguro que contrataram. “Nosso foco é impulsionar as energias renováveis e trabalhar com um contrato que tenha cláusulas que garantam coberturas adequadas. Queremos avançar junto com a tecnologia e apoiar a transição energética”, afirmou. “Como citou Erika Medici, nossa CEO na abertura, o desafio é como podemos impactar a vida do cliente, seja de uma grande empresa ou a inclusão de uma população impactada por catástrofes naturais. Vamos buscar juntos as melhores soluções para agregar valor à sociedade”.

Mitke citou a revisão no clausulado do seguro de energia, criando o produto Power Energy. “Mudamos mais de 30 clausulas. Agora, por exemplo, oferecemos cobertura para microfissuras, que antes não estavam cobertas, e customizamos a cobertura de lucro cessante para os contratos de seguro do mercado spot, diante de uma demanda de corretores e de clientes. E vamos fazer o mesmo com os contratos de riscos de engenharia e de responsabilidade civil”, adiantou.

Esta customização faz a diferença diante da concorrência vista no mercado de seguros de energia, dada a relevância do Brasil na transição energética global. “O Brasil responde por 7% da energia renovável do mundo. Temos uma grande oportunidade não apenas no setor empresarial, mas também para garantir essa transição de maneira eficiente. Cerca de 84% da energia do Brasil já é renovável, o que é um diferencial importante.”

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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