As seguradoras já defendiam a adoção obrigatória de medidas preventivas e parcerias público-privadas para garantir a disponibilidade de cobertura em regiões vulneráveis às mudanças climáticas. Depois do episódio de Los Angeles, o tema voltou com mais força. De acordo com o AccuWeather, as perdas econômicas estão entre US$ 250 bilhões e US$ 270 bilhões. Desse total, estima-se que as indenizações de seguros alcançarão entre US$ 35 bilhões e US$ 45 bilhões.
Veja outras projeções de especialistas:
- Milliman: US$ 25,2 bilhões entre US$ 39,4 bilhões
- Moody’s RMS: Acima de US$ 30 bilhões
- KCC: Próximo de US$28 bilhões
- Verisk: Entre US$ 28 bilhões e US$ 35 bilhões
- Keefe Bruyette & Woods: Acima de US$ 40 bilhões
- CoreLogic: entre US$ 35 bilhões e US$ 45 bilhões
- UCLA Anderson Forecast: US$ 75 bilhões
Na semana passada, o CEO da AXA, Thomas Buberl, sugeriu que as medidas preventivas devem ser parte integrante do seguro para manter o seguro patrimonial acessível em regiões expostas às mudanças climáticas, de acordo com uma entrevista recente à Bloomberg. O executivo esteve no Brasil recentemente, para comemoração dos resultados da unidade brasileira e comemoração dos 10 anos da seguradora francesa no país.
A crescente frequência de desastres naturais devido às mudanças climáticas está levando as seguradoras a aumentarem os preços ou reduzirem sua exposição, deixando algumas propriedades sem cobertura. Buberl propõe uma mudança de abordagem, com foco em ajudar os clientes a protegerem melhor seus imóveis, citando o uso de materiais de construção não inflamáveis como exemplo.
“A prevenção precisa se tornar uma parte obrigatória do seguro para evitar que os riscos climáticos deixem de ser seguráveis”, afirmou Buberl. “A ideia é reservar dinheiro regularmente, em vez de sofrer com um grande impacto financeiro quando as catástrofes naturais acontecerem”, acrescentou, referindo-se ao sistema público-privado francês de compensação por catástrofes, conhecido como CatNat.