Pedidos de indenizações decorrentes do apagão na Grande SP passam de 1,8 mil e já somam R$ 13,3 milhões

As coberturas acionados pelos segurados na região metropolitana de São Paulo, entre os dias 11 e 20/10, abrangem os seguros auto, residencial, empresarial e de condomínio

As seguradoras contabilizam os pedidos de indenizações feitos em decorrência do temporal que caiu sobre a região metropolitana de São Paulo, no último dia 11 de outubro, e que chegou a deixar mais de 1,5 milhão de domicílios sem energia elétrica. Segundo levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), que representa as seguradoras que atuam com seguros de danos e responsabilidades, os acionamentos na região referentes a seguros residencial, empresarial e condomínio, além de seguro automóvel, somam 1.805, até o momento, o equivalente a R$ 13,3 milhões (R$ 13.280.936,00) a serem pagos, concluídas as perícias. 

As empresas que compartilharam seus dados com a FenSeg correspondem a aproximadamente 50% do mercado de seguros patrimoniais massificados (residencial, empresarial e condomínio) e 30% de seguro auto, no estado de São Paulo. Os números são parciais e devem subir nos próximos dias. 

Dentre os seguros acionados na Grande São Paulo, 1.185 foram de seguro residencial, 344 de seguro empresarial e 211 de seguro condomínio. Como explica Jarbas Medeiros, presidente da comissão de riscos patrimoniais massificados da FenSeg, as coberturas variam entre “vendaval”, “danos elétricos” e “deterioração de mercadoria” (este, exclusivo do seguro para empresas). Já em seguro auto, que inclui coberturas como “enchente e inundação” e “queda de árvore”, o total ficou em 65 avisos de sinistro, que somam R$ 2,6 milhões (R$ 2.676.567,00).

“No caso das tempestades que ocorreram em São Paulo, os seguros residenciais, empresariais e de condomínio oferecem diversas coberturas, e uma das mais acionadas é a de danos elétricos. Quando estamos falando em seguro empresarial, o prejuízo pode ser mais alto, pois se trata da queima de equipamentos como computadores, impressoras de gráficas, refrigeradores em bares e restaurantes, equipamentos hospitalares e industriais, enfim, toda sorte de equipamentos eletro-eletrônicos que venham a queimar”, lista o executivo. Outra cobertura bastante acionada, segundo ele, é a de vendaval, que repara prejuízos causados por destelhamento de imóveis, perda de estoque de mercadorias e móveis, entre outros.

O presidente da comissão FenSeg faz uma recomendação aos segurados. “Todos que têm contratados estes seguros devem acionar a seguradora diretamente ou procurar um corretor de seguros para também avisar o processo de sinistro, para que a seguradora possa orientá-lo sobre como proceder, que informações ou documentos precisam ser encaminhados para que se faça a avaliação dos processos de sinistro e as indenizações possam ser pagas no mais curto prazo de tempo”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS