Seguro agrícola é beneficiado por avanços do Zarc da soja

A ferramenta tende a evoluir para garantir maior precisão na mitigação de riscos climáticos e ainda promove a oferta de seguros com condições mais atraentes

Fonte: FF Seguros

Neste mês, o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja completa um ano desde a sua atualização, que foi anunciada pelo Ministério da Agricultura em abril de 2023. Os resultados da mudança são claros: a ferramenta impulsiona a mitigação de riscos climáticos. “Acreditamos que o mercado já está bem adaptado ao novo Zarc da soja. Com o auxílio dessa ferramenta em uma versão mais completa e precisa, os agricultores estão conseguindo melhorar o manejo”, diz Guilherme Frezzarin, superintendente de agronegócios da FF Seguros.

Desde sua implementação, o novo Zarc tem fornecido aos agricultores uma visão mais precisa e detalhada das condições edafoclimáticas que afetam suas colheitas. Uma das mudanças mais significativas foi a alteração da classificação de solos, que passou a ter uma abordagem mais complexa e completa, considerando os percentuais de argila, silte e areia dos solos e o parâmetro de Água Disponível (AD).

“O Zarc é uma ferramenta poderosa para os produtores, que permite planejar a safra e adequar as janelas de cultivo para proteger a lavoura contra intempéries e preservar o máximo potencial produtivo da soja. A tendência é que o Zarc evolua cada vez mais e possa trazer recomendações para necessidades específicas e condições locais”, opina Frezzarin.

Celebrando um ano de aplicação no campo, o Zarc inspira outras iniciativas, abrindo caminho para uma agricultura mais inteligente, personalizada e resiliente contra os desafios climáticos. Um exemplo disso é que a Embrapa lançou o Documento 447 – Níveis de manejo do solo para avaliação de riscos climáticos na cultura da soja, que propõe incorporar novos indicadores ao Zarc, já que o aporte de água nos sistemas agrícolas é um fator decisivo para o desenvolvimento da plantação.

A iniciativa da Embrapa prevê a criação de áreas de produção de soja em quatro níveis de manejo (NMs) para considerar os impactos de práticas agrícolas sobre características do solo. O modelo defende a aplicação do Índice de qualidade estrutural do solo (IQEs), obtido por meio do Diagnóstico Rápido da Estrutura do Solo (DRES). “Em conformidade com a qualidade e o histórico do manejo adotado, a metodologia prevê a adequação de parâmetros dos modelos do Zarc que determinam a disponibilidade de água para a cultura, gerando assim riscos hídricos decrescentes do primeiro ao quarto nível (NM1 ao NM4)”, afirmou a Embrapa em comunicado.

Segundo Frezzarin, a proposta da Embrapa é vanguardista e vai inspirar os agentes de mercado. Na FF Seguros, os cuidados com o manejo de solo já vinham sendo considerados pela equipe de subscrição desde 2021, valorizando as áreas de clientes que aplicavam boas práticas, como a adequada rotação de culturas e técnicas de conservação. “Temos tecnologia para identificar o tipo de solo, o tipo de manejo, as culturas antecessoras e a recomendação de correção de solo para aderir ao seguro. A cultura do seguro faz parte desse pacote de tecnologias”, conta Frezzarin.

O setor de seguros e seus clientes podem ser beneficiados pela aplicação do Zarc e mudanças vindouras. “Os produtores brasileiros estão na vanguarda da tecnologia, visando produzir com qualidade, resiliência e responsabilidade socioambiental. Nesse sentido, a FF Seguros inova junto com os produtores e se posiciona como uma parceira que oferece o seguro ideal”, diz o superintendente de agronegócios da FF Seguros.

Os avanços do Zarc colaboram para mitigar riscos com mais precisão. Dessa forma, a seguradora pode ajustar suas políticas e taxas para oferecer apólices mais competitivas, com preços e condições que reflitam a realidade de produção do agricultor e de forma cada vez mais assertiva.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS