Talanx, controlado pela HDI, levanta € 517 milhões em IPO

O Talanx, terceiro maior grupo segurador da Alemanha, controlado pela seguradora HDI, levantou € 517 milhões em uma oferta pública inicial (IPO, em inglês), além de um aporte de € 300 milhões em capital por seu sócio japonês Meiji Yasuda Life, no maior IPO realizado na Alemanha desde novembro de 2007. As ações começaram a ser negociadas em € 19,05 por ação na terça-feira em Frankfurt, 4% acima do preço de colocação, mas fechou em € 18,5.

Na segunda-feira, a transação global, coordenada pelo Deutsche Bank e Berenberg Bank, definiu o valor de € 8,3 euros por ação, com intervalo de € 17,3 e € 20,3. O preço de colocação implica uma valorização de aproximadamente € 4,6 bilhões para Talanx, informam as agências internacionais. Segundo a Talanx, a demanda superou em muito a oferta. Como a opção de lote suplementar foi integralmente exercida, o free float ficará em 11,2% A HDI terá o controle de 100% reduzido para 83%, ficando a Meiji Yasuda com participação de 6,5%.

Em setembro, o grupo havia cancelado o IPO, alegando divergências em relação ao preço reportados pelos bancos. No entanto, após estímulos de investidores, o grupo resolver lançar o IPO. A idéia inicial era captar € 700 milhões. “A abertura de capital é um passo muito importante, que nos permite implementar nossa estratégia mais rapidamente”, comentou Herbert Haas (foto), CEO da Talanx, em comunicado à imprensa.

Talanx disse que pretende usar os recursos da oferta principalmente para financiar o crescimento, com foco no crescimento orgânico em linhas industriais e em mercados de alto crescimento emergentes, bem como pagar empréstimos relacionados com as aquisições recentes de dois grupos seguradores polacos.

Vamos tentar descobrir se o IPO terá reflexos no Brasil, com investimentos em aquisições, parcerias ou mesmo para expansão orgânica. Aguardemos o posicionamento de João Francisco, CEO da HDI no Brasil.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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