Coface alerta para fraudes de empresa “fantasma” e de inativas

Fonte: Coface

Os compradores falsos figuram entre os principais perigos das empresas que buscam escapar de fraudes. Num país onde há uma tentativa de fraude a cada 7 segundos, segundo a Serasa Experian, ganha a força a prevenção a essas tentativas de golpe aplicadas, em sua maioria, com a utilização de empresas inativas e de empresas fantasma.

“As empresas são vítimas de tentativas de fraude que se contam aos milhões”, alerta Rosana Passos de Pádua, CEO da Coface Brasil, líder mundial em seguro de crédito que ajuda a identificar e gerenciar os riscos de não-pagamento. Segundo ela, os compradores falsos agem em todos os segmentos da economia, para tentar obter empréstimos de instituições financeiras: facilitar a lavagem de dinheiro e a fraude de impostos; pedir apoio governamental no contexto da criação de uma empresa; e obter equipamentos e mercadorias de alto valor dos fornecedores de seguro de crédito.

Como veículo dessas tentativas, recorda Rosana Passos de Pádua, os fraudadores utilizam principalmente empresas inativas e as empresas fantasma: “As inativas são legalmente registradas na Junta Comercial, nas autoridades fiscais e regulatórias, mas não têm uma atividade efetiva nem movimentos contábeis significativos. Já as empresas fantasma têm essas mesmas características, mas com uma data recente de criação”.

Identificar esses veículos de fraude exige atenção redobrada das companhias, recorda a CEO da Coface Brasil, com destaque para: 

– realizar pesquisa em fontes oficiais de informação;

– consultar fornecedores conhecidos e relacionados com a atividade da empresa pesquisada;

– se a companhia fornece referências, verificar se são negócios conhecidos e existentes;

– verificar se a empresa tem website e, caso tenha, checar se a aparência do portal é profissional e a data de criação;

– atentar às redes sociais da companhia, principalmente a quantidade de informação, comentários e opiniões;

– investigar os números de telefones de contato fixos;

– evitar fornecer crédito a empresas criadas recentemente, sem experiência prévia ou sob outra forma legal.

“É preciso estar atento a essas situações”, reafirma Rosana Passos de Pádua. “Todo cuidado é pouco porque os fraudadores são muito experientes nesse tipo de fraude e sabem o que fazer para alcançar seus objetivos”.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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