Fundos de pensão fecham 2021 com déficit de R$ 36,4 bi, diz Abrapp

Fonte: Estadao

A carteira consolidada das entidades fechadas de previdência complementar registrou déficit líquido de R$ 36,4 bilhões no ano passado, mostram dados divulgados na quarta-feira; 20, pela Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). Foi o pior desempenho desde 2016, quando o setor registrou déficit líquido de R$ 53,5 bilhões.

Segundo Luis Ricardo Martins, presidente da Abrapp, o resultado de 2021 foi impactado por fatores como inflação elevada, incertezas fiscais, baixa das ações na bolsa de valores e ainda oscilações no cenário econômico global. “Um cenário extremamente difícil que já completa dois anos, mas estamos conseguindo recuperar mesmo com todas as dificuldades”, disse Martins.

O déficit líquido do setor significa que as entidades estão, em conjunto, com rentabilidade inferior à meta colocada para 2021. Martins disse que espera enviar nas próximas semanas uma proposta para a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) sobre o equacionamento dos planos, o que geralmente envolve contribuições extras. Para ele, esse equacionamento seria desnecessário.

“Abrapp vai formalizar com base em estudo, para Previc e CNPC (Conselho Nacional de Previdência Complementar) o pleito de congelamento de qualquer tentativa de equacionamento”, disse ele, durante entrevista coletiva, acrescentando que o déficit apresentado pelos fundos seria conjuntural. “Em janeiro e fevereiro deste ano, nossas estimativas dão conta de uma recuperação de R$ 5 bilhões do déficit do sistema.”

O valor total dos ativos dos fundos de pensão somou R$ 1,11 trilhão ao fim de 2021, o que equivale a 12,8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A rentabilidade acumulada dos planos foi de 5,88%.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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