Dados de agosto apontam que adesão ao seguro de pessoas avança no Brasil

O valor dos prêmios continua em alta e mantém a tendência de crescimento. Já o pagamento de sinistros foi 71% maior do que o mesmo período do ano anterior

Relatório da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprevi indica a captação de R$ 4,58 bilhões em agosto de 2021, um aumento de 18,3% nos prêmios em relação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado dos oito primeiros meses foram arrecadados R$ 33,34 bilhões, cuja variação é de 15,2% sobre 2020.  

“Mesmo diante dos desafios enfrentados em função da crise sanitária, que exigiu adaptações em todo o processo de venda, entregas e atendimento aos consumidores, o mercado segurador continuou avançando. Outro ponto relevante diz respeito a maior percepção da sociedade em relação à necessidade de se proteger das adversidades, como indicam os números do levantamento”, avalia Carlos de Paula, diretor-executivo da Fenaprevi.

Em termos percentuais, em agosto, o Seguro Viagem apresentou a maior variação, alcançando 94% de crescimento ou R$ 24,3 milhões prêmios, tendo como base o mesmo mês do ano anterior. Na sequência, vêm os seguros Funeral, com R$ 111 milhões captados e o de Doenças Graves/Terminais com R$ 129 milhões arrecadados, valores 44% e 26% superiores à 2020, respectivamente. 

Os ramos Vida em Grupo (R$ 1,2 bilhão) e Prestamista (R$ 1,38 bi) continuam com a maior representatividade no total dos prêmios. Depois deles estão Vida Individual (R$ 904 milhões) e Acidentes Pessoais (R$ 617 milhões) que apesar de menores em volume financeiro, que cresceram 19,4% e 24,4% sobre agosto de 2020. 

“Com o avanço da vacinação e a consequente imunização da população, percebemos que segmentos como o Seguro Viagem voltam a ganhar força, em especial por causa da retomada do turismo no País e da reabertura gradual das fronteiras no exterior”, pontua De Paula. 

O diretor também analisa que em outra via, os seguros em que as coberturas estão focadas em prevenção e cuidados com a saúde, até mesmo Funeral, tem ganhado força entre os brasileiros dados os cenários de incertezas e dificuldades causados pela crise sanitária. 

Resultados positivos, também no acumulado  

Na leitura dos oito meses de 2021, tiveram incremento de cerca de 30% na arrecadação os seguros de Vida Individual (R$ 6,2 bilhões), Doenças Graves/Terminais (R$ 915 milhões) e de Funeral (R$ 691 milhões). 

Já em valores, lideram os segmentos Prestamista, com R$ 10,5 bilhões captados e o de Vida em Grupo, que atingiu R$ 8,7 bilhões. O Seguro de Acidentes Pessoais também teve alta, acumulando R$ 4,5 bi até agosto último. 

Embora tenha se destacado no montante mensal, na contagem dos oitos meses do ano o Seguro Viagem contabilizou R$ 157 milhões em prêmios, resultado 16% menor do que o mesmo período de 2020, mas esperado em função da conjuntura da pandemia. O Educacional somou apenas R$ 30 bilhões em prêmios até agosto de 2021. 

Volume de sinistros continua alto 

O montante de indenizações continuou em patamar elevado, segundo o relatório de agosto da Fenaprevi. No acumulado, fechou em R$ 12,8 bilhões, 71% maior que 2020. Comparado ao ano anterior Vida Individual teve 121% de aumento, sendo pagos R$ 996 milhões pelas seguradoras. Seguiram essa tendência percentual de crescimento os seguros Prestamista (87%), Funeral (83,6%) e o de Vida em Grupo (81,5%). Somente Viagem teve queda considerável, de 52,4%. 

“O mercado segurador tem dado uma forte demonstração sobre a sua importância para a sociedade. As indenizações realizadas pelas seguradoras ampararam milhares de famílias,  nesse período difícil para as pessoas e desafiador para o Brasil”, encerra De Paula. 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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