Inflação permanece no radar, enquanto são esperados novos dados da atividade econômica, avalia CNseg

A previsão de crescimento PIB de 2021 foi mantida em 5,04% pela quarta semana consecutiva. Para o próximo ano, o mercado diminuiu a expectativa de crescimento do PIB de 1,57% para 1,54%

Na semana mais curta por conta do feriado nacional, o boletim Focus divulgado na última segunda-feira manteve tendências observadas anteriormente nas projeções para a atividade econômica e inflação, além de sinalizar maior aperto nos juros. Após a divulgação do resultado do IPCA de setembro, a projeção do mercado financeiro para a inflação em 2021 passou de 8,51% para 8,59%. A projeção mediana para a inflação em 2022 foi de 4,14% para 4,17%. “Esses aumentos nas projeções para a inflação aconteceram a despeito do IPCA de setembro (alta de 1,16% no mês) ter vido um pouco abaixo do esperado, sinalizando que as correções correntes se devem a fatores que ainda não foram completamente incorporados às projeções”, comenta o economista Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.

Além disso, acrescenta Simões, a percepção de alívio na inflação de setembro foi logo mitigada pelo anúncio de um novo reajuste de preços de combustíveis e do gás de cozinha, com impacto estimado de cerca de 0,2p.p. No ano, o IPCA acumula alta de 6,90% e, em 12 meses, passou de 9,68% para 10,25%, que tende a ser o pico da inflação neste ano, pois a partir de outubro começarão a sair do cômputo anualizado as taxas elevadas que foram observadas no 4º trimestre do ano passado. 

“A boa notícia foi a significativa redução do indicador de difusão (que mede o percentual de itens do IPCA que apresentam aumento), que caiu de 71,9% em agosto para 65,0%, estando, no entanto, ainda acima da média histórica”, destaca ele em seu boletim semanal. Nesse contexto, a projeção de mercado para a Selic ao final deste ano permaneceu em 8,25%, mas subiu para 8,75% ao final do ano que vem. “Vale ressaltar que a projeção para inflação em 2023 segue ancorada no centro da meta, de 3,25%, indicando que o mercado acredita que os aumentos de juros serão suficientes para conter o atual processo inflacionário nesse horizonte”, acrescenta. 

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS