Expectativa de nova alta da Selic é destaque na análise das projeções da CNseg

A mensagem dada pelo Copom para a próxima reunião é que poderá ocorrer outro aumento da mesma magnitude

A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 6,79% para 6,88% no Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 9. Trata-se da 18ª semana consecutiva de aumento da projeção do índice. Para 2022, houve ligeira alta na mediana do IPCA, de 3,81% para 3,84%. Uma maior expectativa de inflação e a alta de um ponto percentual na Selic, promovida pelo Comitê de Política Monetária (Copom), traz nova revisão na expectativa dos analistas ouvidos. As medianas para a taxa Selic ao fim deste ano, e para o fim de 2022, subiram de 7% ao ano para 7,25% ao ano. “O mais importante foi a mensagem para a trajetória futura dos juros, considerando o atual cenário inflacionário. A mensagem foi dada e para a próxima reunião, prevista para setembro, o Comitê prevê que poderá ocorrer outro aumento da mesma magnitude”, explica Priscila Aguiar, economista da CEM – Comissão de Estudos de Mercado da CNseg.

A economista destaca também um outro ponto abordado na declaração do Copom. “O Comitê chamou atenção para a sustentabilidade da dívida pública, que mesmo com a recente melhora dos indicadores, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”. Segundo o boletim da CNseg, a inflação tem se mostrado mais persistente e mais disseminada com a continuidade da pressão sobre os bens industriais. Além disso, os serviços surpreendem com altas acima do esperado, além da pressão de componentes como a elevação da bandeira tarifária e novos aumentos nos preços de alimentos, em virtude das condições climáticas adversas.

A mediana das estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano permaneceu em 5,30%. Para 2022, a projeção permaneceu diminuiu de 2,10% para 2,05%. Quanto ao câmbio, a mediana das previsões para o fim de 2021 ficou estável em R$ 5,10. Para o fim de 2022, a mediana permaneceu em R$ 5,20.

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal de CNseg.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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