Enquanto a projeção para o crescimento do PIB em 2021 continua a ser ajustada um pouco acima do carregamento estatístico de 4,9% garantido pelo crescimento do primeiro trimestre para o restante do ano, as atenções continuam voltadas para a inflação, no Brasil e no restante do mundo. “Economias que apresentam maior risco e incerteza, tendem a sofrer mais. A favor do Brasil, no entanto, temos um balanço de pagamentos mais saudável que em outros episódios de aumento de juros nos EUA”, comenta Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras.
Simões destaca o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, a Ata da última reunião do Copom e a reunião do Conselho Monetário Nacional, que manteve a meta de inflação em 3,50% e 3,25% para 2022 e 2023, respectivamente e estabeleceu meta de 3,00% em 2024, com bandas de 1,5p.p. de tolerância. O IPCA-15 registrou alta de 0,83% em junho. “A aceleração foi puxada principalmente por itens administrados, com destaque para a gasolina e para a energia elétrica, que deve continuar pressionada com o preocupante quadro hídrico”. Com isso, a projeção para o IPCA este ano subiu de 5,90% para 5,97%. Para 2022, a projeção para a inflação oficial permaneceu em 3,78% por mais uma semana, uma boa notícia para a autoridade monetária, já que é esta expectativa que estará diretamente associada ao objetivo de trazer a inflação de volta à meta no horizonte relevante”, diz.
Leia a íntegra do Boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas produzido pela CNseg.