Re/seguradoras estão entre as maiores perdas caso Japão precise cancelar Jogos Olímpicos

O custo do cancelamento para as seguradoras é estimado em US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, atingindo uma indústria já abalada em 2020 perdas

Os organizadores das Olimpíadas decidiram nesta segunda-feira, 21, pelo limite de 10 mil espectadores, ou até 50% da capacidade, por local para os fãs domésticos nos Jogos que começam em pouco mais de um mês. O primeiro-ministro Yoshihide Suga disse a repórteres nesta segunda-feira que, se um novo estado de emergência for declarado durante os jogos, é possível que eles sejam mantidos a portas fechadas.

Entre as perdas em caso de cancelamento dos jogos estão as seguradoras que assumiram o risco não só para as emissoras, mas também para as seleções, patrocinadores e centenas de outras empresas e organizações que dependiam do evento. O custo do cancelamento para as seguradoras é estimado em US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, atingindo uma indústria já abalada em 2020 perdas. Isso inclui os cerca de US $ 800 milhões contratados pelo COI em seguro de cancelamento de eventos, mais a cobertura adicional adquirida pelos comitês organizadores locais e prováveis ​​reclamações de emissoras, patrocinadores, equipes esportivas profissionais e hospitalidade, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence Charles Graham, informam as agências internacionais.

A Swiss Re disse em março do ano passado, pouco antes do adiamento dos jogos, que as Olimpíadas de Tóquio representavam o maior risco individual na época para a segunda maior resseguradora do mundo, com um potencial de sucesso de US$ 250 milhões. Um porta-voz da empresa confirmou recentemente que esse é o caso. A Munich Re, a maior resseguradora do mundo, confirmou que está envolvida no seguro das Olimpíadas de Tóquio e seria “afetada” se os jogos fossem cancelados, mas se recusou a fornecer detalhes adicionais sobre sua exposição. A Aon Plc, que no ano passado concordou em comprar a Willis Towers Watson para criar a maior corretora de seguros do mundo, não quis comentar sobre o impacto que um cancelamento pode ter sobre ela.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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