Azos levanta R$ 13 milhões e inicia operação para venda de seguros de vida

Fonte: Azos

Inspirada em um modelo de negócio conhecido nos Estados Unidos como Managing General Agent (MGA), a Azos iniciou, em abril, sua operação comercial em todo o território nacional com o propósito de democratizar o setor e garantir a melhor experiência ao usuário, com oferta de preços acessíveis, a partir de R$ 5. Rafael Cló, CEO e fundador da Azos, conta que a ideia da empresa surgiu no fim de 2019 e de modo quase casuístico.

Enquanto concluía o MBA em Stanford, venceu o cartão de crédito brasileiro que fazia os pagamentos automáticos de um seguro de vida que Rafael havia contratado. As tentativas de solucionar a questão de maneira virtual foram em vão. O corretor que vendeu a apólice tinha saído da companhia e não podia ajudar. O departamento financeiro da seguradora não tinha permissão para ligar para um número estrangeiro. Ao custo de juros e multas por atraso, a questão foi resolvida depois de mais de dois meses. 

Em suas pesquisas, deparou-se com seguradoras brasileiras que não permitem que os consumidores comprem outras proteções, para doenças graves ou invalidez, se não contratarem uma proteção de vida antes. Rafael, então, dividiu suas observações e descobertas com Bernardo Ribeiro e Renato Farias.  

Com carreiras que mesclavam a expertise em análise de dados, vendas e marketing em multinacionais e a experiência em mercados de capitais e fundos de investimento em inovação, os três amigos combinaram de aprofundar as investigações. Perceberam que o mercado de seguros brasileiro cresceu mais de 20% nos últimos anos, enquanto a economia nacional como um todo andou de lado no mesmo período. Constataram ainda que as seguradoras de vida no país contam com uma das maiores margens de lucro do mundo (ROE ~20%) e que 85% dos brasileiros não possuem, atualmente, nenhum tipo de proteção, segundo dados do Ibope. 

A Azos levantou R$ 350 mil na primeira rodada, em abril de 2020. Em outubro, captaram mais R$ 12,5 milhões com Kaszek, Maya, Propel e alguns outros anjos dos mercados de tecnologia e seguros. “Os recursos foram usados para montar um time forte de tecnologia e firmar parcerias com resseguradora e seguradora de ponta no mercado para construir do zero novos produtos de seguro”, afirma Renato.

“Além de oferecer uma contratação online simplificada para o cliente final, a Azos também vai usar sua tecnologia para firmar parcerias com corretores. “Queremos democratizar o acesso ao seguro de vida no país e para nós isso significa encontrar nosso cliente onde ele quiser ser encontrado, seja online ou por meio do seu corretor de confiança. Com nossos sistemas flexíveis, na prática, o corretor não terá que se preocupar com nada que não seja explicar a importância do seguro e vender”, conta Bernardo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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