Mais de 1.350 estudantes já se inscreveram no programa de inovação do IRB Brasil RE

Dos 49 projetos desenvolvidos no programa entre 2018 e 2019, 11 já foram priorizados, o que já equivale a uma taxa média de continuidade de 22% das soluções entregues

O Insurtech Innovation Program, que é uma parceria do IRB Brasil RE e MAG Seguros com a PUC Rio, completou três anos com muitas conquistas e chega a sua 4ª edição neste ano. O programa visa desenvolver alunos de graduação em conhecimentos de inovação e ferramentas tecnológicas como inteligência artificial, machine learning, internet das coisas e blockchain. A partir disso, o Insurtech incentiva a busca por soluções que possam contribuir com o mercado de seguros e resseguros a partir de diferentes temas, como longevidade, relacionamento com o cliente e novos produtos. 

O blog Sonho Seguro conversou com Lucas Mello, diretor de Clientes, Inovação e Marketing do IRB Brasil RE, para contar quais as conquistas, desafios e expectativas para 2021. Acompanhe a entrevista.

Quais foram as principais ações?

O Insurtech Innovation Program é o primeiro programa com foco exclusivo no mercado segurador e ressegurador brasileiro, criado com a estratégia de inovação aberta (open innovation), que consiste em um processo colaborativo de troca de conhecimento alinhado aos melhores preceitos de uma agenda de inovação. O programa conta com um tripé promissor que congrega os conhecimentos de estudantes universitários de diversos cursos e regiões, as habilidades acadêmicas e científicas de uma das maiores universidades do país: a PUC-Rio, a especialidade de um grande grupo segurador com atuação no Brasil: MAG Seguros, e o conhecimento histórico do IRB Brasil RE. Dessa forma, os projetos são desenvolvidos com um alto padrão de qualidade e grande potencial de impacto no crescimento do setor. Após esses três anos, podemos comemorar a ampliação do ecossistema de inovação, com alcance dos projetos desenvolvidos aos nossos clientes, que são as seguradoras do mercado, em forma de serviços, novas coberturas ou aprimoramento no processo de precificação. No último ciclo do programa, um dos projetos desenvolvidos teve suas hipóteses testadas com mais de quinze seguradoras do mercado. Comemoramos também a aproximação com mais de cinco clientes finais, dos mais diversos setores da economia, como exemplo, uma empresa do setor de cosméticos.

Quantas insurtechs participaram?

Esse é um programa com foco em soluções para os clientes. Mais de 1.350 estudantes já se inscreveram no programa e enfrentaram um processo seletivo. 92 estudantes de mais de 62 cursos universitários diferentes e de 64 instituições de ensino foram selecionados ao longo dos ciclos. Todos os estudantes e profissionais que passam pelo programa são expostos a uma agenda dinâmica e intensa de treinamentos e troca de conhecimento, o que contribui para o desenvolvimento de talentosos profissionais para o futuro do mercado de trabalho do setor. A maturidade adquirida ao longo dos três anos do programa se expande para as diversas áreas internas do IRB Brasil RE, o que propicia o acesso por mais de 400 profissionais à oxigenação criativa, à mudança de mindset, ao pensamento criativo e às tecnologias mais disruptivas que existem.

Quantas ideias foram selecionadas?

Dos 49 projetos desenvolvidos no programa entre 2018 e 2019, 11 já foram priorizados, o que já equivale a uma taxa média de continuidade de 22% das soluções entregues. Em relação à edição 2020, 22 novos projetos foram apresentados e seguem em fase final de avaliação. Atualmente, mais de 30 Minimum Viable Products (MVP) compõem o pipeline de projetos inovadores para o IRB Brasil RE.

Cite tres deles.

Como exemplo, podemos citar três projetos com escopos bem distintos, o que reforça a característica abrangente e multidisciplinar no programa.

·    CatHazard – a partir de um painel interativo e amigável, a solução possibilita avaliar diversos indicadores e cenários que contribuem para que as análises diárias de catástrofes sejam realizadas de forma rápida e on-line;

·    GoldenHog – solução aplicada ao setor de suinocultura para criação e monitoramento de índice no âmbito do seguro paramétrico; e

·    Kangoo – produto on demand para cobertura de vida em nichos específicos da sociedade.

Quantas viraram realidade?

Atualmente, seis projetos do programa estão sendo desenvolvidos internamente pelo IRB Brasil RE de forma independente ou agregados a outros projetos maiores em andamento na companhia.

Quais você destaca?

Podemos destacar o CatHazard, que já está com sua primeira etapa implementada, trazendo ganhos no controle de exposição dos riscos do nosso portfólio. Para as etapas seguintes, estão previstas algumas ações: a inclusão de camadas adicionais de informação, o geoposicionamento dos sinistros e alertas em tempo real sobre catástrofes a partir de dados estruturados e não estruturados.

A metodologia segue o padrão interno de entregas faseadas, o que gera quick-wins distribuídos no tempo e a percepção de geração valor das soluções já nas primeiras fases de implementação.

O que o programa tem previsto para 2021?

No início da pandemia, rapidamente adaptamos o programa para o formato virtual. Com isso, o ano já começou com a expansão da abrangência geográfica, o que ampliou o acesso a todos os estudantes universitários do país. A nova edição contará com representantes de vários estados e acreditamos que os novos olhares trarão mais diversidade e pluralidade ao programa. Em termos de diversidade territorial, o formato virtual proporcionou a inclusão regional, com candidatos de 17 estados brasileiros.

Quais as áreas de maior interesse para o IRB em inovação?

O interesse do IRB Brasil RE é desenvolver o mercado segurador e ressegurador brasileiro como um todo, portanto, todas as áreas sociais, econômicas ou financeiras do país, que são ou podem ser cobertas pelo setor, estão no nosso foco. As soluções apresentadas no programa são bastante diversas, abrangendo produtos paramétricos, soluções para as diversas linhas de negócio existentes, monitoramento de eventos catastróficos, nichos específicos da sociedade e melhorias nos processos da cadeia de valor. O programa contempla todas as linhas de negócio que o IRB Brasil RE atua com soluções que fazem uso das novas tecnologias e que estão em linha com as tendências de inovação para o mercado.

Quais as bases do programa?

A estratégia do programa consiste em uma metodologia única no mercado de seguros e resseguros de inovação aberta (open insurance) baseada em desafios (Challenge Based Learning – CBL), o que compõe um quadro técnico de profissionais de alto nível e garante os processos de externalização do conhecimento e enriquecimento das técnicas internas à cada empresa. Em um fluxo dinâmico, com um problema central (big idea) e cerca de três ciclos por ano, os projetos têm o propósito de entregar até o Minimum Viable Product (MVP), e isso só é possível a partir da figura dos mentores acadêmicos e “padrinhos” dos projetos, que são os profissionais de diversas áreas das empresas.

Além disso, uma vez priorizados, internamente no IRB Brasil RE, os projetos são avaliados por meio de métricas de inovação adequadas a cada nível de maturidade, além de estarem sujeitos a uma metodologia que segue o padrão interno de entregas faseadas, para geração de quick-wins distribuídos no tempo e a percepção de geração valor das soluções já nas primeiras fases de implementação.

A partir de uma metodologia multidisciplinar entendemos que o pioneirismo do programa impulsiona o mercado de seguros e resseguros nacional para outras agendas e parceiras inovadoras, com potencial de gerar modernidade, crescimento e capilaridade nos diversos setores sociais e da economia, dando luz à urgência dessa agenda dentro das organizações para a sustentabilidade do setor.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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