Em janeiro, setor de seguros cresce 3,6% contra 2020 e mantém desempenho heterogêneo

Setor arrecada R$ 24,4 bilhões em prêmios em janeiro; crescimento de 3,6% se comparado a janeiro de 2020; desempenho revela preferências prioritárias dos consumidores em relação à proteção

Fonte: CNseg

De acordo com o editorial que integra a edição 39 da Conjuntura CNseg, publicação da Confederação Nacional das Seguradoras – CNseg, o setor arrecadou R$ 24,4 bilhões em prêmios em janeiro último. Na comparação com o mesmo mês de 2020, a métrica mais adequada de aferir a tendência, o setor apresentou evolução de 3,6% em janeiro de 2021. Foi um crescimento importante, porque se deu sobre uma base alta, já que em janeiro de 2020 o crescimento foi de 17,6, em relação ao mesmo mês do ano anterior. “O primeiro trimestre deste ano sozinho não será capaz de indicar a capacidade de recuperação setorial. Os efeitos econômicos e de expectativas da PEC Emergencial serão decisivos”, ressalta Marcio Coriolano em seu editorial.

As maiores contribuições partiram do segmento de Danos e Responsabilidades, com alta de 10,4% sobre janeiro de 2020, ao passo que o segmento de Cobertura de Pessoas avançou 1,4%. Os Títulos de Capitalização tiveram receitas reduzidas em 1,5%. Em termos de arrecadação absoluta, os destaques do mês foram Planos de Vida Risco (R$ 3,7 bi no mês, crescimento de 5,3%); Patrimonial (R$ 1,4 bi no mês, 17,1% maior); Rural (R$ 442 milhões, incremento de 22,5%); Habitacional (R$ 404 milhões, 11%); Transportes (R$ 363 milhões, 17,5%); e Marítimos e Aeronáuticos (R$ 124 milhões, 90,8%).

“Todos eles são ramos que tiveram desempenho consistente no ano de 2020, revelando as preferências prioritárias dos consumidores em torno de proteção da vida, proteção e investimento nas residências, mobilidade das cargas transportadas”, observa Marcio Coriolano. Na ótica de 12 meses móveis (até janeiro 2021 sobre até janeiro de 2020) , a taxa situou-se em 0,3% de alta.

Em relação a dezembro de 2020, a arrecadação de janeiro registrou queda de 20,6%. O resultado negativo é atribuído ao desempenho formidável daquele mês, e, agora, queda de prêmios no segmento de Cobertura de Pessoas (-27,3%),  decorrente da contração de 31,9% dos Planos de Acumulação – PGBL e VGBL. Em dezembro, esses planos de acumulação tiveram um desempenho superlativo, puxando a receita do setor para cima, ao superar 69% sobre o mês imediatamente anterior.  

 Os ramos que mais cresceram foram Marítimos e Aeronáuticos, Rural, Patrimonial e Responsabilidade Civil, com 60,5%, 18,7%, 13,4% e 10,2%, respectivamente. Outros ramos afetaram o desempenho geral. Destaques negativos foram Crédito e Garantias (-31,3%), Automóvel (- 19,3%) e Garantia Estendida (- 15,7%).

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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