Espera da aprovação do auxílio emergencial deixa setor de seguros com expectativas adicionais

A projeção para a inflação continua a subir, na esteira dos aumentos dos preços dos combustíveis: a projeção para o IGP-M este ano subiu de 8,02% para 8,88%

O que na semana passada era recebido como uma boa notícia para a retomada do crescimento do Brasil e a normalização dos indicadores, nesta semana já é visto com cautela, afirma o economista Pedro Simões, do Comitê de Estudos de Mercado da CNseg, a Confederação Nacional das Seguradoras. “Se esperava com otimismo a retomada do auxílio emergencial com contrapartidas de controle do déficit fiscal, mas notícias mais recentes sinalizam que a PEC pode ser aprovada sem contrapartidas, o que preocupa os agentes do mercado financeiro”, comentou Simões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, concordou, na semana passada, liberar a ajuda sem contrapartidas no curto prazo, mas espera limitar esse gasto a R$ 40 bilhões. No entanto, os bastidores das negociações relatados pelos principais jornais sinalizam que há o risco do gasto ser maior, em razão de o Congresso querer um valor de R$ 300, em vez dos R$ 250 como vinha sendo divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Há também o risco de Guedes não conseguir manter as medidas de contenção de despesas que tenta incluir na PEC Emergencial para o caso de calamidades no futuro. “Isso certamente deve repercutir entre os analistas de mercado diante à fragilidade fiscal do País e será importante analisar sua reação e traçar cenários de como a economia brasileira pode se comportar com as contas públicas ainda mais apertadas”, acrescenta Simões, temendo um descasamento da situação do Brasil com o mercado internacional, em que o avanço da vacinação em diversos países já sinaliza uma expectativa melhor. 

Leia a íntegra do boletim Acompanhamento de Expectativas Econômicas semanal feito pela Superintendência de Estudos e Projetos (Suesp) da CNseg, no portal.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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