Resultado com área de seguro do Itaú recua 7,3%, para R$ 6 bilhões, em 2020

Banco registra aumento de indenizações pagas em seguro de vida e produto familia protegida, decorrente da Covid-19

Apesar da queda nas vendas e em resultados, o Itaú não tem muito o que reclamar da contribuição da área de seguros para o ganho geral do banco. O Itaú lucrou R$ 18,5 bilhões em 2020, uma redução de 34,6%. Desse valor, R$ 6 bilhões vieram de seguros, previdencia e capitalização, uma queda de 7,3% diante dos R$ 6,5 bilhões obtidos em 2019. Mesmo com a morte de mais de 200 mil pessoas no Brasil, decorrente da Covid-19, o pagamento de indenizações avançou 7%, de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,3 bilhão, com maior peso nas carteiras de vida e acidentes e no produto família protegida.

As receitas obtidas com a venda de seguros e contribuições de previdência e capitalização do braço segurador do Itaú recuaram 5%, de 7,8 bilhões para R$ 7,4 bilhões. O último trimestre do ano, que costuma ser o melhor em termos de vendas para o setor, registrou queda de 14,7% no Itaú, passando dos R$ 2 bilhões registrado no quarto trimestre de 2019 para R$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2020.

O banco tem uma Joint Venture com a Porto Seguro para seguros de carro e residencial. Tem sua própria seguradora em vida para a venda de seguro prestamista e cartão protegido, planos de previdencia e títulos de capitalização. Tem também parcerias para a venda de seguros de outras seguradoras para atender seus clientes em áreas que não opera, como saúde, empresarial e também vida em outras modalidades como doenças graves e vida resgatável.

Segundo informações do banco, em 2020 houve redução do resultado em função dos menores prêmios ganhos, das menores receitas de capitalização e do aumento de sinistros retidos, principalmente devido à pandemia de COVID-19. Estes efeitos mais que compensaram o aumento das comissões com seguros de terceiros no período. Além disso, a margem financeira gerencial reduziu neste mesmo período, em função da menor remuneração de nossos ativos e houve o maior ganho na realização do teste de adequação de passivos de previdência no segundo trimestre de 2019.

O resultado das operações recorrentes de seguros, que consistem nos produtos de bancassurance relacionados aos ramos de vida e patrimoniais, seguro de crédito e seguros de terceiros, reduziu 12,7% em comparação com mesmo período do ano anterior. Essa redução é resultado da queda em prêmios ganhos, pela venda da seguradora no Chile e por menores vendas de seguros prestamista, da menor margem financeira gerencial e do aumento dos sinistros retidos, principalmente devido à pandemia de COVID-19.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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