Reservas da capitalização crescem 2,4% e atingem R$ 31 bi no semestre

Fonte: Fenacap

O mercado de títulos de capitalização registrou um crescimento de 2,4% nas Reservas – recursos acumulados em títulos de capitalização – no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2019, alcançando R$ 31 bilhões. Os dados foram divulgados pela Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), com base nas estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Na avaliação do presidente da Federação, Marcelo Farinha, alguns fatores contribuíram para a evolução positiva desse indicador e ajudam a compreender a resiliência do setor: “O primeiro é de natureza comportamental, pois a sociedade responde à crise com a busca de segurança”, assinala, acrescentando que a  capitalização – um instrumento de disciplina financeira – permite formar uma reserva e, ao mesmo tempo, participar de sorteios cujas premiações podem mudar a vida das pessoas.
Marcelo Farinha observa, ainda, que a sociedade está mais sensibilizada pelas  causas sociais. “A capitalização responde a essa demanda social com a modalidade de títulos de capitalização Filantropia Premiável”, pontua. Por meio dessa modalidade, os clientes cedem o direito de resgate de suas reservas para instituições filantrópicas. Esses repasses alcançaram R$ 349,7 milhões no período.
O título de capitalização Instrumento de Garantia, por sua vez, funciona como garantia para contratos de crédito e locação de imóveis e, segundo o presidente da FenaCap, atende às exigências dos agentes econômicos que,  em momento de incertezas, tendem a ser mais restritivos em suas contratações, requerendo mais garantias das contrapartes.

No semestre, a arrecadação recuou 7,11%, em comparação ao mesmo período do ano passado,  somando R$ 10,7 bilhões. Os resultados de maio e junho, contudo,  já demonstram uma trajetória de retomada gradual do crescimento. Entre janeiro e junho, foram distribuídos R$ 471,2 milhões em prêmios de sorteios a clientes de todo o país. Somados aos R$ 9,1 bilhões de resgates pagos, a Capitalização injetou na economia quase 10 bilhões nesse período crítico.

“Temos uma visão otimista para o resto do ano, embora não percamos de vista o fato de ainda vivermos uma crise de graves proporções. O título de capitalização é um dos instrumentos mais versáteis do mercado financeiro e em um ambiente de taxa de juros reais potencialmente negativas, passa a ser ainda mais atraente”, destaca Marcelo Farinha.  “ Em essência, as crises escondem oportunidades e é preciso saber identificá-las”, conclui.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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