Marcos Piangers e Chico Bosco conversam sobre o “novo” pai nos tempos atuais em live especial da Icatu Seguros

Encontro virtual, em homenagem ao Dia dos Pais, contou com a participação do público

Como forma de homenagear os pais e debater os desafios que eles têm vivenciado com a pandemia, a Icatu Seguros promoveu uma live especial e inspiradora com a participação dos influenciadores e jornalistas Marcos Piangers e Chico Bosco. Intitulada “O novo pai” e com tradução em LIBRAS, o encontro virtual trouxe ao público questões que se tornaram comuns nos tempos atuais com a pandemia, como a conciliação da pressão do trabalho em casa com a presença e o controle da ansiedade dos filhos que tiveram a rotina alterada e estão sem poder ir à escola e rever os amigos. Os convidados também contaram suas experiências na paternidade, desde o primeiro momento da descoberta de que teriam filhos até a preocupação com o planejamento financeiro da família. Para proporcionar maior interação e participação da audiência, o público pôde enviar perguntas e reagir ao vivo aos comentários e reflexões da dupla.

Na abertura, Chico Bosco levantou o questionamento do que é ser pai hoje em dia. “Hoje, o pai é mais presente e valoriza dedicar mais tempo aos filhos e à família sem deixar de lado o comprometimento com o trabalho. O novo pai tenta equilibrar essas obrigações. Já antigamente, o papel do pai era assegurado pela responsabilidade do gênero masculino de ser apenas um provedor dos bens materiais, enquanto o amor e a responsabilidade com os filhos cabiam à mãe”, explicou Bosco. 

A mudança da sociedade global, ocorrida na década de 60, mudou esse cenário quando houve uma revolução comportamental em que o feminismo se destacou acarretando no empoderamento feminino. “As mulheres tiveram protagonismo e crescimento no mercado de trabalho e com menos tempo dedicado à casa e até mesmo aos filhos. Por outro lado, passaram a ser também provedoras financeiras da família. Essa mudança provocou um novo conceito de família, incluindo a concepção do real sentido da paternidade. Com o tempo, o conservadorismo foi saindo de cena dando espaço para o surgimento da família moderna, dos tempos atuais, em que os pais também participam da criação dos filhos, o amor e o carinho passam a ser expressados. Assim como se deu a desconstrução dos gêneros e das obrigações de um homem e de uma mulher dentro de casa”, ponderou Bosco. 

O debate estimulou a participação do público. Uma das perguntas questionava se há um meio termo entre a permissividade e o autoritarismo na educação dos filhos, sobretudo nesse período de quarentena em que a família está muito mais tempo junta e, às vezes, os pais ficam mais impacientes. Marcos Piangers explicou que sim:

“É necessário haver esse meio termo porque a imposição do autoritarismo na educação torna a criança muito insegura e sem saber se ela está acertando ou não, já que tem um pai que sempre manda e não dá liberdade aos filhos. Por outro lado, a permissividade transforma a criança em um ser humano que não respeita o todo nem mesmo leis e regras da sociedade, uma vez que dentro de casa ela sempre pôde fazer tudo. Ela foi criada assim e levará esse comportamento por toda a vida”.

A importância com o futuro dos filhos, a maior preocupação financeira e a relevância de se conectar com o que realmente importa em nossas vidas, como a família, que se firmaram com a pandemia, também foram levantadas. Bosco e Piangers reforçaram a importância de viver com simplicidade para ter uma vida boa e longa. “Trabalhar é importante e necessário, mas, nos tempos atuais, o cansaço dos pais está redobrado devido ao trabalho em casa estar sendo conciliado com a educação dos filhos e as tarefas domésticas. Tudo ao mesmo tempo. Mas é importante haver equilíbrio e investir seu tempo na conexão com os filhos de forma leve e produtiva”, diz Bosco.

O influenciador Piangers trouxe ao debate também o que realmente importa na vida para que o aspecto financeiro não seja o fator dominante e motivo de distanciamento familiar por falta de tempo presencial, bem como o que deve ser levado em consideração mais adiante, com o passar dos anos: “Devemos ter essa reflexão em mente para que, de fato, vivamos com tranquilidade até o fim da vida. É preciso ter preocupação com o futuro não apenas na ótica financeira, mas na relação familiar e de trabalho. Para que se, em determinado momento, você achar, por exemplo, que não está mais satisfeito com o seu chefe ou trabalho ter a coragem de sair dali por não acreditar mais nos valores daquele ambiente porque poupou, construiu e tem uma segurança econômica que te proporciona isso”. 

Na live, Piangers reforçou que atenção também é um ato de amor, por isso, com o fim da pandemia, não vê vantagem na retomada de certas normalidades por parte dos pais a fim de prover um alto padrão de vida e oferecer o melhor aos filhos como deixá-los 12 horas em uma creche e trabalhar mais de 15 horas por dia:  “A conexão com a criança é fundamental. A presença é o melhor presente que um pai pode oferecer ao seu filho. Economistas e grandes empresários do século passado vislumbravam três horas de trabalho por dia para que pudesse haver uma boa qualidade de vida e mais tempo dedicado à família, aos filhos”.

Como estratégia para construir uma relação mais firme e próxima com seus filhos, os influenciadores destacaram a realização de atividades presenciais com eles que estimulem interesse e até mesmo o afastamento de equipamentos eletrônicos como smartphones, games e computadores. “O esporte e brincadeiras diversas, além de serem saudáveis, gera diversão, gasto de energia, maior aproximação e vínculo afetivo entre pai e filho”, conta Piangers.

live está disponível no canal do Youtube da seguradora.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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