Financiamento para insurtechs cai 54% no 1o. trimestre de 2020

O estudo cita que o surto de COVID-19 provavelmente prejudicou a atividade de investimento, mas disse que é “muito cedo para dizer qual o impacto de longo prazo

Mais negócios de insurtech foram concluídos no primeiro trimestre, em comparação com o período do ano anterior, mas o financiamento geral caiu 54%, para US $ 912 milhões, em meio à pandemia de coronavírus, de acordo com o Quarterly InsurTech Briefing de Willis Towers Watson, divulgado segunda-feira.

As 96 transações concluídas no primeiro trimestre marcaram um ganho de 10% em relação ao ano anterior, com a queda no financiamento geral atribuída, em parte, a menos transações relevantes.

O primeiro trimestre de 2020 não registrou rodadas de financiamento de “unicórnios” de US$ 1 bilhão ou mais e apenas uma “mega-rodada” – a edição de US$ 100 milhões da Série D da PolicyGenius, segundo o relatório.

Insurtechs focadas em seguros de bens e responsabilidade civil aumentaram sua participação no financiamento total para 83%, a maior lacuna com financiamento de vida e saúde desde o terceiro trimestre de 2016, informou o relatório. As startups com foco na distribuição de apólices estiveram entre as mais importantes rodadas no primeiro trimestre deste ano.

Das 96 transações realizadas neste trimestre, 75% envolveram insurtechs focadas em seguro gerais, segundo o relatório. Os Estados Unidos responderam por 57% dos negócios do primeiro trimestre, o Reino Unido 11%, o Canadá 6% e a China 5%.

O relatório cita que o surto de COVID-19 provavelmente prejudicou a atividade de investimento, mas disse que é “muito cedo para dizer qual o impacto de longo prazo que a pandemia pode ter na nas insurtechs ao redor do mundo. Seria muito fácil sugerir que este é o começo da ladeira descendente.”

“Está claro que o COVID-19 teve um impacto material em investimentos posteriores, e as seguradoras e resseguradoras estão retraidas”, disse Andrew Johnston, chefe global de insurtech na Willis Re. “Apesar da grande porcentagem de queda neste trimestre em comparação com a anterior, ainda estamos vendo uma quantidade enorme de atividade nas rodadas de financiamento em estágio inicial, em um número muito grande de negócios”.

Leia o estudo completo no link acima.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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