O seguro de risco político é o que está mais em voga nesses dias de caos no Egito. Ainda não se sabe o quanto as seguradoras terão de desembolsar em indenizações, mas medidas para mitigar o risco de perdas já são tomados em todo o mundo. Segundo Eduardo Pitombeira, diretor de riscos financeiros, a empresa segurada pode contratar uma única apólice protegendo seus bens, instalações e suas transações em diferentes países.
A apólice oferece cobertura para os riscos de expropriação, que ocorre quando o governo do país estrangeiro se apropria dos bens da empresa segurada; violência política, inclusive danos aos bens da empresa segurada provocados por mobilizações civis de caráter político; e inconvertibilidade de moeda, quando a empresa segurada se vê impossibilitada em realizar remessas financeiras ao país de origem por restrições impostas pela autoridade estrangeira.
“Estamos vivenciando mudanças relevantes no cenário político mundial que não poderiam ter sido previstas há alguns meses. É fundamental que as empresas que realizam investimentos fora do país percebam a importância de preservar seus interesses diante desses novos riscos trazidos pela internacionalização dos negócios das multinacionais brasileiras”, informa Eduardo Pitombeira em nota divulgada a imprensa.