IRB lucra R$ 845 milhões até setembro, alta de 25%

O IRB Brasil Re encerrou o terceiro trimestre de 2018 com um crescimento de 16,6% no volume total de prêmio emitido em relação ao mesmo período de 2017, alcançando R$ 2 bilhões. O lucro líquido avançou 37,5% em relação ao mesmo período de 2017, totalizando R$ 304,5 milhões, com um retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 33%. Nos nove meses de 2018, o lucro líquido apresentou uma expansão de 25,1% em relação a 2017, passando de R$ 675,9 milhões para R$ 845,9 milhões em 2018. O ROAE de 31% expandiu cerca de 5 pontos percentuais sobre 2017, de 26%. Esse resultado reflete o crescimento do resultado operacional mais que compensando a redução do resultado financeiro nos períodos, em função da queda da taxa Selic.

O grupo destacou a renovação dos contratos de retrocessão para o exercício de 2019, mantendo-se as mesmas condições financeiras atribuídas para o ano anterior e tendo conquistado melhorias nas condições operacionais como, por exemplo, a proteção para a linha de Property que foi reduzida dos atuais US$ 20 milhões de retenção líquida da companhia para apenas US$ 10 milhões.

O prêmio emitido no Brasil atingiu R$ 1,2 bilhão no terceiro trimestre de 2018, uma expansão de 10% em relação ao terceiro trimestre de 2017. Segundo comunicado distribuído, o crescimento decorre da ampliação no market share da companhia no mercado brasileiro e do crescimento do próprio mercado.

O prêmio emitido no exterior totalizou R$ 772 milhões no terceiro trimestre de 2018, uma expansão de 28,4% em relação ao terceiro trimestre de 2017. Deste crescimento, 10,3 pontos percentuais correspondem a um crescimento orgânico na moeda de emissão, ou seja, em dólar; e 18,1 pontos percentuais decorrem da contribuição da variação da média ponderada do câmbio no período.

O grupo informou que fechou novos contratos no exterior no terceiro trimestre de 2018 e a ampliação de participação em contratos existentes, sustentando o crescimento do prêmio emitido no exterior pela Companhia. O segmento que liderou a emissão de prêmio no exterior foi o de vida, que respondeu por 45% do prêmio emitido no exterior no terceiro trimestre de 2018.

O resultado de underwriting atingiu R$ 259,2 milhões no terceiro trimestre de 2018, uma expansão de 55,4%, quando comparado ao terceiro trimestre de 2017. O aumento no volume total de prêmio emitido de 16,6% combinado com uma queda no índice de sinistralidade no período, que passou de 66,0% no terceiro trimestre de 2017 para 58,5% no terceiro trimestre de 2018, sustentaram o avanço robusto no resultado de underwriting da companhia.

No terceiro trimestre de 2018, o resultado financeiro totalizou R$ 178,2 milhões, um recuo de 3,4% em relação ao terceiro trimestre de 2017, portanto, inferior à queda de 32% da Selic média que passou de 2,3% no terceiro trimestre de 2017 para 1,5% no terceiro trimestre de 2018. A rentabilidade da carteira de investimentos foi equivalente a 147% do CDI, uma expansão de 14 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2017 (133% do CDI).

O resultado patrimonial, ou seja, as receitas/despesas com imóveis de renda, líquidas, saíram de R$ 10 milhões no terceiro trimestre de 2017 para R$ 22,3 milhões no terceiro trimestre de 2018. Com isso, o resultado financeiro e patrimonial avançou 3,0% totalizando R$ 200,5 milhões no terceiro trimestre de 2018.

A companhia revisou nesta data o guidance anual, que passa a ter as seguintes projeções para o ano de 2018:

– crescimento do prêmio emitido em relação a 2017 na faixa de 17% a 21%, contra faixa anterior de 9% a
16%, sendo que o realizado no terceiro trimestre de 2018 foi de 16,6% e nos nove primeiros meses de
2018 também foi de 16,6%;
– índice combinado ampliado para 2018 na faixa de 69% a 73%, contra faixa anterior de 70% a 76%, sendo
que o realizado no terceiro trimestre de 2018 foi de 73,9% e no acumulado de nove meses de 71,8%; e
– índice de despesa administrativa na faixa de 4,8% a 5,2%, contra faixa anterior de 5,4% a 6,4%, sendo
que o realizado no terceiro trimestre foi de 4,4% e para os nove meses de 2018 foi de 5,0%.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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