Mercado segurador da AL se aproxima de US$ 160 bilhões

Um novo levantamento da área de Serviço de Estudos da Mapfre, publicado pela Fundación Mapfre, aponta que a participação mundial do mercado segurador latino americano tem crescido de forma sustentável ao longo do tempo. Reformas regulatórias contribuíram com a expansão do segmento na região, proporcionando a abertura do mercado, incorporando gradualmente requerimentos baseados em riscos e facilitando a criação e a distribuição de produtos que atingem camadas mais amplas da população.

“A participação da América Latina no mercado segurador global tem aumentado de forma constante nos últimos anos, mas ainda há bastante espaço para crescer com soluções inovadoras específicas para a realidade dos consumidores da região”, afirma Wilson Toneto, CEO da Mapfre no Brasil.

De 2007 a 2017, o mercado de seguro na região registrou uma taxa de crescimento médio anual (em dólares) de 6,4%, consistindo em um crescimento de 8,7% no caso do segmento de seguro de vida (VGBL), e de 4,8% no caso de não vida (automóveis, acidentes, crédito, riscos especiais, entre outros). Já o Índice de Evolução do Mercado (IEM) para o setor na região – indicador da tendência e maturidade dos mercados de seguros -, mostra progressos ao longo da última década.

O documento aponta que, em 2017, a diferença de proteção de seguro – Brecha de Protección de Seguros (BPS), em espanhol – ficou em US$ 256,2 bilhões, 5,2% a mais que o estimado no ano anterior. A análise confirma a predominância do seguro de vida e, portanto, seu maior potencial de crescimento.

A BPS representa a diferença entre cobertura de seguro que é economicamente necessária e benéfica para a sociedade, e o valor dessa cobertura realmente adquirida. Este índice permite identificar não só o déficit de sub-seguro de uma empresa, mas também o mercado de seguros potencial, que seria representado pelo tamanho do mercado que poderia ser alcançado.

O mercado de seguros em potencial da América Latina em 2017 (a soma do mercado segurador real e as BPS) foi de US$ 415,4 bilhões, o que significa 2,6 vezes o mercado atual da região (US$ 159,2 bilhões).

No Brasil, a BPS no ano passado ficou em R$ 281,8 bilhões (US$ 88,260 bilhões), o equivalente a 1,3 vezes o mercado de seguros no período. Por outro lado, a evolução do BPS na última década avançou para um equilíbrio entre vida e não-vida. O mercado de seguros em potencial para o país foi estimado em R$ 494 bilhões (US$ 154,706 bilhões), ou seja, 2,3 vezes o mercado total.

Nos últimos dez anos, o mercado de seguros para o Brasil teve uma taxa de crescimento anual média de 13,8%, 16,7% no segmento vida e 10% em não vida. O estudo da Mapfre conclui que, se manter a mesma dinâmica nos próximos dez anos, a taxa de crescimento do setor no Brasil seria suficiente para fechar de BPS em seguro de vida, mas não em não-vida.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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