Ações da Brasil Insurance têm alta de 27%

corretor9Em um IPO diferenciado, as ações da Brasil Insurance, que reúne 27 corretoras de seguros espalhadas em todo o país com cultura diferenciada e que assim permanecerão, tiveram uma estreia de sucesso na BM&F Bovespa, ainda mais considerando-se que o primeiro dia de negociações foi ponte do feriado de finados. Mesmo assim, na segunda-feira, primeiro dia de negociações, as ações ordinárias do grupo controlado pelo fundo de private equity Gulf iniciaram o pregão com valorização de 15,92%, para R$ 1.565. No meio do dia, as ações chegaram a ter alta de 22,95%, para R$ 1.660, mas encerraram o pregão com valorização de 27%, movimentando R$ 180,2 milhões e cotadas a R$ 1.720.

Segundo analistas, a primeira recomendação para um IPO de sucesso é ter no mínimo os três últimos balanços financeiros auditados. A empresa não tinha, uma vez que os corretores não publicam balanço. Isso levou a Ernst & Young Terco , auditoria externa da empresa, a ressalvar o parecer que acompanha as demonstrações financeiras.
Uma ressalva significa que há problemas relevantes nos números.

No entanto, os riscos estão todos expostos no prospecto de venda. No documento, os bancos responsáveis alertam que a empresa foi constituída recentemente, sem histórico operacional. Sendo assim, a Brasil Insurance está sujeita a riscos, despesas e incertezas associados à implementação do plano de negócio, que normalmente não são enfrentados por sociedades constituídas há mais tempo. 


Outro risco é a companhia existir apenas no papel. “Nosso desempenho futuro é incerto. Nossos auditores incluíram um parágrafo de ressalva em seu parecer indicando que nos encontramos em fase pré-operacional”, informa o prospecto. 


O IPO da Brasil Insurance captou R$ 644,6 milhões. O preço de emissão ficou em R$ 1.350, na media estipulada, que era entre R$ 1.250 e R$ 1.450. A operação foi destinada apenas a investidores qualificados. A emissão primária totalizou R$ 348 milhões, com a emissão de 257.850 ações ordinárias e a oferta secundária somou R$ 296,52 milhões, com a colocação de 219.650 papéis.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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