Ministra Cármen Lúcia suspende a regulamentação dos planos de co-participação

A mídia destaca a saúde suplementar hoje. A ministra Cármen Lúcia suspendeu ontem a resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que permitia que operadoras de saúde colocassem em prática novos planos de co-participação nos quais clientes podem ser responsáveis pelo pagamento de até 40% do valor dos atendimentos. A decisão tem caráter liminar e ainda terá seu mérito julgado pelo plenário do Supremo.

Como justificativa à suspensão, a presidente do tribunal argumentou que os usuários dos planos foram “surpreendidos” por uma medida não discutida na sociedade, traz a Folha. A ANS afirmava que a medida atingiria apenas os contratos novos, mas, nos planos coletivos empresariais, que representam a maioria do mercado, as empresas poderiam aderir às novas regras de franquia e coparticipação na renovação do contrato, feita anualmente, destaca O Globo.

A ANS informou que a decisão do STF foi proferida sem que a agência tenha sido ouvida e destacou que a norma nem sequer está em vigor. O órgão diz ter sido notificado da decisão na tarde de ontem. Em nota, a ANS acrescentou que tampouco teve conhecimento da ação da OAB e “editou a norma observando rigorosamente o rito para edição de ato administrativo normativo, especialmente quanto à oportunidade de participação da sociedade”.

Além disso, sustenta a nota, a norma “foi analisada pela Advocacia-Geral da União (AGU), sem que tenha sido identificada qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade”. “A agência reafirma seu compromisso de estrita observância do interesse público, especialmente no que concerne à defesa dos beneficiários de planos de saúde.”

A Abramge informou que a decisão do STF será melhor analisada e decisões da Justiça devem ser respeitadas. A FenaSaúde informou que não comenta decisões provisórias da Justiça.

A Ordem dos Advogados dos Brasil (OAB) acredita que, se entrar em vigor, a norma da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que permite a cobrança de franquia e de coparticipação de até 40% em procedimentos médicos vai balizar o mercado nesse patamar.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

2 COMENTÁRIOS

  1. A ministra suspendeu a RN 433 e não os planos com coparticipação, logo a suspensão restringe-se apenas a regulamentação da coparticipação, bem diferente do que está sendo noticiado aqui. Bora melhorar ai porque para desinformar a população já existe Globo.

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