Seguro de crédito: proteção em caso de inadimplência

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O momento econômico que ainda vivemos demanda muito apoio do mercado de seguro de crédito no Brasil. Utilizado com frequência por empresas americanas e europeias, esse modelo ainda é pouco popular entre as companhias brasileiras, mas pode ser uma solução importante para o desenvolvimento de vários negócios.

O seguro de crédito tem como objetivo a proteção de parte importante dos ativos da empresa, protegendo o negócio em caso de inadimplência dos compradores decorrente de mora, falência ou outro risco coberto indenizando à empresa pelas perdas sofridas. No entanto, um dos principais motivos para a baixa penetração desse seguro no Brasil é o fato de as companhias o considerarem como um custo financeiro adicional e não uma ferramenta de gestão do setor de contas a receber com benefícios que vão desde o monitoramento da carteira, passando pela expansão das vendas e chegando, é claro, à cobrança dos clientes inadimplentes e nas indenizações.

“O apelo é forte e é também por conta disso que a modalidade vem crescendo no Brasil nos últimos dois anos. E não é para menos, afinal 30% a 40% dos ativos de uma companhia são recebíveis. Ter uma proteção para garantir o recebimento dos ativos torna-se uma ferramenta importante, com a vantagem adicional de se tornarem elegíveis aos benefícios fiscais concedidos”, aconselha Thiago Tristão, diretor de riscos empresariais da MDS Brasil.

Outro fator que deve influenciar as empresas a contratarem seguro de crédito é o acordo de Basileia 3, que a partir de 2019 vai exigir que os bancos tenham volumes maiores de capital para operações mais arriscadas. Essas exigências serão menores para as empresas que tiverem um seguro de crédito.

“A perda do grau de investimento do Brasil também colabora para o crescimento da contratação, visto que a demanda dos bancos internacionais aumenta justamente para compensar a falta do selo de bom pagador do Brasil. Até lá, as empresas não podem ficar descobertas, arcando sozinhas com a inadimplência de fornecedores e colocando em jogo a sustentabilidade do negócio”, analisou Thiago.

O seguro traz outra vantagem às companhias: o poder de negociar melhores taxas de financiamento e com maiores limites, ficando livres para focar no crescimento do próprio negócio e diminuindo a preocupação em relação à possibilidade de não pagamento de seus clientes.

De maneira geral, corretoras e seguradoras que atuam com o produto podem ajudar o empresário a escolher os clientes, mercados e limites de crédito corretos de maneira a evitar e minimizar o não pagamento da dívida comercial. Dando subsídios para que ele se sinta mais confiante para conceder crédito adicional aos clientes atuais e para buscar novos clientes maiores que, de outra forma, poderiam parecer muito arriscados.

 

 

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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