FenSeg lança cartilha de boas práticas

*materia extraida do site da CNSeg www.viverseguro.org.br

O presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Jayme Garfinkel, lançou oficialmente hoje, 10, o Guia de Boas Práticas para o seguro automotivo, no primeiro painel da 2ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros, realizada no Hotel Novotel Jaraguá, em São Paulo. A publicação, que é uma carta de princípios com orientações às empresas do setor, confirma o esforço do mercador segurador em adotar boas práticas.

Segundo Garfinkel, o Guia é uma importante ferramenta para aprimorar o seguro de automóveis e para dar suporte à avaliação dos serviços disponíveis no mercado. “Um dos objetivos é ampliar a informação do consumidor que adquire seguros sobre seus direitos e sobre a responsabilidade das empresas”, explica Garfinkel.

Entre as orientações às empresas na relação com segurados, o Guia de Boas Práticas determina que as seguradoras:
– Mantenham serviço de atendimento ao cliente que forneça informações atualizadas sobre as etapas de aceitação, emissão, cobrança e regulação de sinistros;
– Forneçam com rapidez e clareza respostas aos questionamentos dos segurados, sempre que possível no prazo máximo de cinco dias úteis (exceto nas situações em que as informações não dependam apenas da seguradora);
– Forneçam informações claras, objetivas e precisas sobre o produto de seguro, coberturas, valor do prêmio a ser pago pelo segurado, limites de indenização, extensão e abrangência das coberturas contratadas, além dos mecanismos de resolução de problemas.

Além do consumidor, a publicação traz recomendações para aprimorar as relações das seguradoras com corretores, fornecedores, prestadores de serviço, setor público, órgãos de defesa do consumidor, órgãos de supervisão e controle e com outras empresas do setor. “O Guia de Boas Práticas traz recomendações que tem força de compromisso para as empresas signatárias do código de ética da entidade”, lembra o diretor da FenSeg, Neival Freitas.

Vendas de peças e sucata – O Guia traz orientações práticas de combate à fraude, por exemplo, no que diz respeito à venda de peças e sucata. Para os veículos que renderam indenização integral a seus proprietários e que são irrecuperáveis, a orientação é que, após dar baixa na documentação do veículo no órgão de trânsito, as seguradoras devam vendê-los como sucata, obedecendo a uma das seguintes alternativas: fazer a marcação das principais peças dos veículos vendidos nessas condições, discriminando-as em notas fiscais; ou vender a sucata como matéria-prima para reutilização por parte da indústria siderúrgica.

“São medidas que algumas seguradoras já adotam e são eficazes para combater fraudes na venda de peças”, sinaliza Garfinkel. O intuito é criar mecanismos que inibam a utilização de notas fiscais de peças ou veículos vendidos legalmente para justificar peças frias, adquiridas de forma irregular. “Quando a polícia chega a um desmanche e encontra uma série de peças desmontadas, é difícil atrelar a peça à nota. Com as peças marcadas e discriminadas em nota, ou vendidas à indústria siderúrgica, o problema deixa de existir”.

Meio ambiente – O compromisso com o meio ambiente também entrou definitivamente na agenda do setor segurador – e dos seus prestadores de serviços. O Guia determina que as seguradoras incluam nos contratos cláusulas que garantam o compromisso com a preservação ambiental. Na prática, isso significa mais rigor na avaliação do impacto gerado pelos fornecedores de peças e sobre as práticas adotadas pelas oficinas (por exemplo, descarte de óleo e de combustível), por exemplo.

“Para ter efetividade, a conscientização e aplicação das normas de responsabilidade socioambiental precisa ser estendida a toda a cadeia”, afirma o presidente da FenSeg. As seguradoras também seguirão critérios rigorosos para avaliar a possibilidade de recuperação de um veículo acidentado. “Veículos antigos ou acidentados são mais sujeitos a estarem com a regulagem comprometida, e precisam de atenção redobrada para não excederem os níveis de poluição aceitos”, conclui.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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