Mercado sintonizado em pró do consumidor

*materia extraida do site da CNSeg Www.viverseguro.org.br

A 2ª Conferência Interativa de Proteção do Consumidor de Seguros, que ocorre, em São Paulo, mostra um mercado ávido em identificar pontos críticos dos contratos e dos serviços, em exibir cases que podem ser utilizados pelos demais pares da indústria e com um olhar cada vez mais voltado para antever  e esquadrinhar os desafios que se aproximam nos próximos anos.

E cada par da cadeia já se movimenta nesse sentido.  O mercado de capitalização, por exemplo, que já lançou o Guia de Melhores Práticas em 2008, alinhava um plano de comunicação institucional, porque entende que sua imagem ainda é pouco compreendida pelo público e formadores de opinião, e ,ao mesmo tempo, planeja rever o clausulado de seus produtos, de olho na simplificação e melhora de compreensão pelo consumidor, informou o vice-presidente da Federação Nacional de Capitalização, Natanael Aparecido Castro, que participou do primeiro painel do evento.
 
Na área de previdência, apesar do grande avanço no entendimento ocorrido nas últimas décadas, motivo de sua forte expansão, ainda há o que fazer. A adoção de planos blindados, a questão da propriedade fiduciária e a melhora nos modelos de portabilidade são fundamentais para a continuidade do forte crescimento, enumerou Oswaldo do Nascimento, da FenaPrevi, durante sua apresentação no painel “O Foco no Consumidor – A Visão das Lideranças do Mercado Segurador”.

Ele lembou que as reservas técnicas saltaram  de R$ 3 bilhões em 1995 para, aproximadamente, R$ 200 bilhões em 2009, e poderão alcançar a extraordinária marca de R$ 1 trilhão no mais tardar nos próximo 10 anos. Na sua avaliação, a guinada do mercado deve-se ao novo modelo adotado ainda nos anos 90, em que se priorizou a transparência  e o foco no cidadão.

Além da previdência, também a área de saúde pode ser considerado um case de sucesso, mesmo considerando as queixas dos consumidores, que são diminutas em relação ao número de atendimentos prestados, mas ruidosas.
 
Para o presidente da FenaSaúde, Marcio Serôa de Araujo Coriolano, a regulamentação do mercado de saúde suplementar, a começar da Lei 9.656, de 1998, já surgiu com a insígnia da proteção ao consumidor e, cada vez mais, preserva seus interesses. Entre alguns exemplos, ele citou a exigência de registro dos clausulados dos planos na ANS, o advento da portabilidade, a recente NIP (Notificação de Investigação Preliminar) criada pela ANS para avaliar a recusa de atendimentos na esfera administrativa.
 
Na linha de seguros gerais, o lançamento do Guia de Boas Práticas no seguro de automóvel no evento foi outro momento importante, ainda mais porque as demais carteiras de produtos massificados deverão também ter guias específicos mais adiante, informou o presidente da FenSeg, Jayme Brasil Garfinkel. O guia do seguro de automóvel enumera recomendações para que as seguradoras aprimorem seu relacionamento com os consumidores, corretores, fornecedores, prestadores de serviços, entre outros.
 
O superintendente da Susep, Paulo dos Santos, elogiou as ações do mercado em prol dos consumidores. “Sem dúvida, o mercado está disposto a se aproximar de seu consumidor e a entendê-lo”, lembrou. 
 
Tal compromisso, aliás, está expresso na chamada Carta da 1ª Conferência Interativa de Proteção do Consumidor de Seguros, lida na parte da manhã do encontro, como já informado em nota publicada nesta manhã.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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