ARTIGO: 5 dicas para prevenir fraudes

por Alexandre Botelho, diretor especialista em Prevenção à Lavagem de Dinheiro da AML Consulting.

Um dos principais desafios do mercado de seguros é a identificação de fraudes no momento da aceitação de uma nova cobertura ou diante da regulação de um sinistro: apenas 12% e 10% das fraudes são identificadas nessas fases, respectivamente. A AML Consulting, maior bureau reputacional e líder nacional no mercado de soluções e serviços de prevenção à lavagem de dinheiro, indica o que seguradoras e corretoras de seguros podem fazer para prevenir e combater esses crimes. Confira as 5 dicas da AML Consulting:

1. Conheça o seu cliente

Saiba quem é verdadeiramente o seu cliente. Solicite comprovação de rendimentos se o futuro segurado não definir claramente a sua profissão, pesquise sua situação financeira e esteja atento a eventuais contradições ou inconsistências, evitando-se assim situações de falsa comunicação de roubo, simulação de avarias, troca de condutor e outras situações comuns no ramo de automóveis. Utilize as diretrizes de um programa específico de Know Your Customer (KYC), que pode ser aplicado de forma automatizada e com baixo custo.

2. Treine a sua equipe

É importante que os profissionais estejam preparados para detectar possíveis situações de fraude nos primeiros contatos com o segurado, além de entenderem a importância da precisão das informações fornecidas pelo cliente e do preenchimento correto da proposta. Dessa forma, casos de simulação de morte ou acidente, omissão de doenças preexistentes e falsificação de exames nos seguros de vida podem ser combatidos de maneira mais eficaz.

3. Crie e reavalie as políticas internas

A Circular 344/07 da Superintendência de Seguros Privados – Susep estabelece que as sociedades seguradoras e os corretores de seguros devem desenvolver e aplicar controles internos específicos para a prevenção, detecção e correção de fraudes, com diretrizes claras sobre o assunto. Além das práticas internas, procure participar de eventos promovidos pelo setor, aprimore o seu networking, mantenha-se informado sobre a atuação das demais companhias e acompanhe as novas exigências das regulamentações.

4. Tenha atenção com alguns indicadores

O mercado segurador tem exigido cada vez mais condutas éticas e transparentes, por isso, ao saber que uma das etapas mais vulneráveis é a regulação do sinistro, é essencial ter atenção com alguns pontos, como: dificuldade ou demora no fornecimento de documentos solicitados; desproporção entre causas e efeitos dos sinistros; número excessivo ou ausência de testemunhas; contradições no momento da perícia e ocorrência de sinistro em ambiente familiar.

5. Comunique os órgãos responsáveis

As fraudes em seguros resultam nas mesmas penas previstas para quem comete o crime de estelionato, que são reclusão de até cinco anos e multa. Esse tipo de crime afeta os resultados das empresas do setor, os acionistas e os próprios segurados, afinal, o aumento das fraudes impacta diretamente no valor do seguro e pode torná-lo inviável financeiramente. É preciso comunicar os órgãos responsáveis para que as providências sejam tomadas e os envolvidos nas fraudes sejam exemplarmente punidos.

As fraudes podem ser oportunistas ou premeditadas. Na segunda modalidade, os crimes são cometidos por quadrilhas especializadas e os valores são elevados, por isso, é preciso atenção para identificar outro crime extremamente relevante, que é a lavagem de dinheiro.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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