Vendas de seguros avançam 10,96% no semestre, para R$ 16,6 bi

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O mercado de seguros de pessoas, que inclui seguros de vida, de acidentes pessoais, viagem, educacional, entre outras modalidades de proteção, registrou R$ 16,68 bilhões em prêmios no primeiro semestre de 2017. O valor, que se refere ao montante pago pelos segurados para contratação de coberturas de seus riscos pessoais, foi 10,96% superior em relação aos R$ 15,03 bilhões nos primeiros seis meses do ano passado, de acordo com dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país.

No primeiro semestre, de acordo com a federação, o valor das indenizações pagas pelas seguradoras aos segurados (ou aos seus beneficiários) totalizou R$ 4,27 bilhões, 1,6% superior ao registrado no mesmo período de 2016.

Na análise de desempenho por modalidade de produto, o seguro de vida tem maior representatividade no setor com 39,6% do resultado, e registrou R$ 6,61 bilhões em prêmios, correspondendo a um aumento de 5,15% em relação ao primeiro semestre de 2016. Alguns ramos apresentaram alta expressiva, com evolução acima de 20% no total de prêmios quando comparado ao acumulado dos seis primeiros do ano passado. Entre eles, estão o seguro prestamista (21,08%), seguro de vida resgatável (dotais) com 27,96%, viagem (52,93%) e educacional (24,03%).

Os dados do balanço da FenaPrevi mostram que os valores pagos pelos segurados para contratações de coberturas do seguro de vida resgatável (dotal misto e puro) foram 27,96% superiores e somaram R$ 1,40 bilhão, contra 1,09 bilhão contratados nos primeiros seis meses de 2016. O seguro dotal puro garante indenização por sobrevivência, e o dotal misto tem a cobertura por morte e por sobrevivência do segurado.

O seguro viagem também apresentou resultado positivo com R$ 273,66 milhões em prêmios e expansão de 52,93% na comparação com o acumulado de janeiro a junho de 2016. Os benefícios dessa modalidade de proteção são as coberturas de despesas médicas, hospitalares e/ou odontológicas, translado médico, podendo também cobrir o extravio ou perda de bagagens dos viajantes em deslocamentos no Brasil ou no exterior.

E o seguro educacional, impulsionado pelo receio das famílias quanto à capacidade de fazer frente aos custos de educação dos filhos, apresentou crescimento nominal positivo de 24,03% e prêmios de R$ 27,34, em relação aos R$ 22,04 milhões do ano anterior. As coberturas do educacional garantem o pagamento de mensalidades da escola no caso de morte ou de invalidez e desemprego daquele que é financeiramente responsável pelo estudante.

O auxílio funeral também registrou bom crescimento com R$ 274,353 milhões em prêmios, alta de 16,36% em relação aos R$ 343,96 milhões contratados no primeiro semestre de 2016. O auxílio funeral é um dos seguros mais difundidos e com maior penetração entre os consumidores por estar muito ligado ao conforto dos familiares em situações adversas.

De acordo com o levantamento da FenaPrevi, o seguro de acidentes pessoais, que oferece coberturas em caso de morte e invalidez permanente (total ou parcial) e outros riscos causados por acidentes involuntários, provocando lesões físicas ou até mesmo falecimento, registrou menor crescimento no total de prêmios. A arrecadação foi 1,84% superior com R$ 2,64 bilhões, enquanto que no mesmo período de 2016 foram computados R$ 2,59 bilhões.

De acordo com o balanço da FenaPrevi, dos R$ 16,68 bilhões em prêmios pagos pelos segurados no primeiro semestre, São Paulo respondeu por 44,4% do montante pago pelos segurados para contratação de coberturas de seus riscos pessoais. O Rio de Janeiro tem representatividade de 9,2%, seguido por Distrito Federal (8,2%), Rio Grande do Sul (7,9%), Minas Gerais (7,4%) e Paraná (5,5%). Os demais Estados têm representatividade menor, inferior a 3%.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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