As contribuições aos planos de previdência privada somaram R$ 54,46 bilhões nos seis primeiros meses de 2017. O resultado é 4,81% superior ao montante acumulado nos primeiros seis meses de 2016, quando os aportes totalizaram R$ 51,96 bilhões. Os dados são da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que representa 67 seguradoras e entidades abertas de previdência complementar no país.
A captação líquida no período apresentou um saldo positivo de R$ 24,33 bilhões, volume 4,94% inferior aos R$ 25,59 bilhões verificados de janeiro a junho do ano passado. Os resgates totalizaram R$ 30,13 bilhões, valor 14,28% maior que o contabilizado no primeiro trimestre de 2016 (R$ 26,37 bilhões).
“O baixo crescimento de novos depósitos pode ser explicado por vários fatores. Em primeiro lugar, o volume de arrecadação é influenciado pela renda disponível das famílias e sua propensão a investir, variáveis que foram afetadas negativamente no primeiro semestre. O movimento da taxa de juros também promove uma redistribuição do fluxo de poupança doméstica entre os diferentes produtos de captação”, analisa Edson Franco, presidente da FenaPrevi.
“Apesar do baixo crescimento a sustentação da captação líquida positiva em níveis similares ao do ano passado não deixa de representar uma performance positiva especialmente se considerarmos a demora da recuperação do nível de emprego no mercado formal de trabalho”, complementa Franco.
De acordo com a entidade, o setor fechou o mês de junho com 13.204.283 milhões de pessoas com planos de previdência privada contratados, sendo 10.048.140 de planos individuais (incluindo planos para menores) e 3.156.143 de planos coletivos. O total de indivíduos com planos, ao final do período, é 5,6% superior ao identificado no ano passado, quando foram computadas 12.506.055 de pessoas – 9.437.802 em planos individuais, incluindo menores, e 3.068.253 em planos coletivos.
“Em relação a junho de 2016, 698.228 mil novos indivíduos ingressaram no sistema o que reforça a confiança do brasileiro na previdência privada como modalidade segura e transparente de formação de reservas de longo prazo”, avalia o presidente da FenaPrevi.
Os planos da família VGBL, os mais representativos da indústria de previdência privada, responderam por 91,47% (R$ 49,81 bilhões) do total dos aportes feitos no primeiro semestre. Os da família PGBL responderam por 7,76% (R$ 4,22 bilhões) dos novos aportes. Já os planos tradicionais de acumulação receberam aportes de R$ 419,19, 0,77% do total verificado de janeiro a junho.
Na análise por tipo de contratação os planos individuais responderam por 86,25% dos novos aportes nos seis meses do ano, ou seja, R$ 46,97 bilhões. Os planos individuais para menores tiveram participação de 1,69% e receberam aportes totalizando R$ 921,45 milhões, segundo dados do balanço da FenaPrevi. O restante, ou seja, R$ 6,56 bilhões (12,06%) foram destinados aos planos coletivos de empresas, oferecidos em forma de benefícios aos colaboradores, e planos contratados por sindicatos e associações de classes para adesão de seus associados.
Na análise mensal, foram realizados R$ 8,85 bilhões em novos aportes em junho, volume 24,27% inferior aos R$ 11,69 bilhões verificados no mesmo mês do ano passado. A captação líquida no mês de junho seguiu com saldo positivo de R$ 3,79 bilhões, e o valor ficou 47,67% abaixo dos R$ 7,24 bilhões do mesmo mês em 2016.
De acordo com a FenaPrevi, os planos da família VGBL receberam aportes da ordem de R$ 8,12 bilhões em junho. Já nos aportes planos da família PGBL o volume de aportes foi de R$ 669,54 milhões. Os resgastes em junho de 2017 somaram R$ 5,06 bilhões, valor 13,83% maior que os R$ 4,45 bilhões verificados no mesmo mês de 2016.
Na análise por tipo de contratação, os aportes nos planos individuais somaram R$ 7,6 bilhões. Os planos para menores arrecadaram R$ 161,54 milhões. O restante dos aportes, de aproximadamente R$ 1,01 bilhão, foi destinado a planos coletivos contratados por empresas em favor de seus colaboradores.