Porto Seguro divulga lucro de R$ 216 milhões no primeiro trimestre

A Porto Seguro divulgou ontem que registrou lucro líquido de R$ 216 milhões no primeiro trimestre de 2017, uma redução de 10% em relação ao mesmo período de 2016. De acordo com nota da empresa, nos primeiros três meses deste ano, o resultado foi impactado pelo cenário recessivo e pela queda na taxa de juros. Contudo, a Porto Seguro afirma, na nota, que já vê sinais de recuperação na economia, com a inflação controlada e melhoria nos indicadores de confiança do País.

Segundo nota do balanço, no seguro de automóvel, a empresa encontra um ambiente mais competitivo, que associado a redução nas vendas de veículos novos e a política da Porto Seguro de reajustes de preços com foco em rentabilidade, pressionaram o crescimento dos prêmios. Por outro lado, afirma, a estratégia de diversificação dos negócios impulsionada pelo desempenho dos produtos de Vida, Previdência e dos negócios Financeiros e Serviços, compensou parcialmente a queda do resultado financeiro no período. O resultado operacional aumentou 22% no primeiro trimestre de 2017, ante igual acumulado do ano passado. As despesas administrativas aumentaram 2% e as despesas operacionais reduziram 10%, ambas abaixo da inflação do período, “fruto dos esforços para aumentar a produtividade da empresa”.

Na operação de seguros, os prêmios auferidos reduziram 1%, basicamente em decorrência da redução nas vendas nos seguros de Auto (-3%). O índice combinado aumentou ligeiramente (+0,2 ponto percentual), atingindo 99,1% no primeiro trimestre. A sinistralidade dos seguros de Automóvel aumentou 2 ponto percentual, em função da desaceleração dos prêmios, devido a recomposição tarifária e do aumento na frequência de roubo e furto de veículos. No entanto, a sinistralidade total permaneceu relativamente estável (+0,1 ponto), compensada principalmente pelo decréscimo do índice nos seguros de Vida (-3,7 pontos), Porto Empresarial (-3,1 pontos) e Odontológico (-14,1 pontos).

As receitas das empresas financeiras e de serviços cresceram 19% no trimestre, intensificadas principalmente pela expansão dos negócios de Cartão de Crédito e Financiamento. O indicador de inadimplência das operações de crédito (> 90 dias) encerrou o trimestre com o menor patamar dos últimos quatro anos (2,4 pontos percentuais melhor em relação à média de mercado).

A rentabilidade das aplicações financeiras superou o benchmark, favorecida pelas posições em renda variável e pelos ativos de Juro Real + Inflação. A rentabilidade trimestral da carteira (ex previdência) foi de 3,4% (112% do CDI). Entretanto, o resultado financeiro reduziu 13% no trimestre, afetado pela redução do CDI médio (-7% em relação a 2016).

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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