As estimativas para os prejuízos com o caos aéreos ainda são desencontradas, segundo o professor da Funenseg Gustavo Cunha Mello e também corretor da Correcta. Segundo informa em seu blog, Mello cita a previsão de perdas da International Air Transport Association (IATA), de US$ 200 milhões por dia de paralização.
Munich Re e a Allianz afirmaram que a indústria não terá muitos prejuízos, pois as companhias aéreas não contratam seguros de lucros cessantes ou, no termo em inglês, business interruption. Já o Sindicato de corretores de Londre, que congrega 1,7 mil profissionais, informou que as seguradoras, em especial a Tokio Marine Re, têm muitos seguros viagem celebrados com pessoas físicas que garantem esse tipo de evento e, portanto, os prejuízos serão incalculáveis.
Mello lembra da recente greve de pilotos da British Airways. “Para cada dia de greve teve perdas de 13 milhões de libras esterlinas”, diz. Segundo ele, um especialista em seguro aeronáutico, enquanto o Vulcão não parar, e dependendo do que ocorrer com as cinzas — se vão se dissipar na atmosfera ou se depositar sobre plantações e ativos em solo — ainda teremos muita especulação sobre o tamanho dos prejuízos a serem absorvidos.
O risco de voar com este tipo de nuvem foi revelado com um caso concreto. No dia 15 de abril, um caça da Força Aérea da Finlândia sobrevoou a nuvem de cinzas, a uma altitude acima de 50 mil pés, teve suas turbinas danificadas e apagadas em vôo. O piloto, que contou sua experiência no jornal da Globo, conseguiu ligar os motores graças a perícia, altitude levada e ter saído muito rapidamente da nuvem. Em solo analisaram e perceberam os danos pela selagem das partes internas do motor.
Além das perdas da indústria aérea, há riscos com o aumento de doenças respiratórias e perdas na agricultura, uma vez que a fumaça que está no céu uma hora irá descer para a terra e ficará acumulada em algum lugar. De lá, precisará ser retirada e os danos indenizados para quem tiver seguro.