IRB Brasil RE registra lucro líquido de R$ 414,3 milhões no primeiro semestre

IRB logoO IRB Brasil RE, líder em resseguros no Brasil, fechou o primeiro semestre de 2016 com lucro líquido de R$ 414,3 milhões, 21% maior que o registrado em igual período do ano passado. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido médio (ROAE) ficou em 32%, 6 pontos percentuais acima do ano passado, segundo divulgação feita pelo grupo há pouco.

O volume total de prêmios emitidos pela companhia avançou 26% em relação ao mesmo período no ano anterior, totalizando R$ 2,5 bilhões. Desse montante, R$ 1,9 bilhão de prêmios foram emitidos no Brasil e R$ 595 milhões no exterior. Esse aumento decorre das contribuições positivas dos ramos de Rural, Property e Vida no Brasil e no Exterior.

Já o total de prêmios retidos foi de R$ 1,8 bilhão, um crescimento de 34% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Os prêmios ganhos também seguiram a tendência de crescimento e avançaram 37% sobre os seis primeiros meses de 2015, totalizando R$ 1,7 bilhão. O aumento foi influenciado pela melhor performance de emissão, associado a uma maior retenção dos prêmios no período.

O índice de sinistralidade, que mede a relação entre os prêmios ganhos e as indenizações pagas, passou de 59,6% no primeiro semestre de 2015 para 65,8% nos seis primeiros meses deste ano. Esse aumento é reflexo dos sinistros registrados, principalmente, no segmento rural, que sazonalmente é impactado no primeiro semestre do ano, em função da estiagem em algumas regiões do norte e centro-oeste prejudicando as plantações de milho, soja e café das regiões, além do efeito do aumento da média histórica de chuvas na região sul, causando danos às plantações.

O resultado de subscrição totalizou R$ 285,3 milhões no primeiro semestre de 2016, um crescimento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre, o índice combinado foi de 94% mantendo-se estável em relação ao mesmo período de 2015, em função, primordialmente, do aumento no volume de prêmios emitidos no período associado a uma redução no índice de despesas administrativas, compensando o aumento no índice de sinistralidade.

No primeiro semestre, o resultado financeiro apresentou um avanço de 22%, totalizando R$ 531,9 milhões. Já as despesas administrativas registraram redução de 11%, passando de R$ 119,6 milhões para R$ 106,7 milhões na comparação entres os dois primeiros semestres. A relação entre as despesas administrativas sobre prêmios ganhos apresentaram uma redução de 3 pontos percentuais, passando de 9,5% para 6,2% no encerramento do primeiro semestre de 2016.

Os acionistas decidirão, em reunião marcada para 5 de agosto, se vão levar adiante a oferta inicial de ações ainda neste ano, segundo o jornal Valor Econômico divulgou nesta terça-feira. Por enquanto, não há consenso entre os sócios do IRB – Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco, fundos de pensão e governo – de que há condições de mercado suficientes para que o IPO seja realizado. O principal receio é que o preço das ações na operação saia a um patamar aquém daquele desejado pelos sócios da resseguradora. Assessores financeiros dos acionistas, porém, vem trabalhando com a percepção de que o ambiente é bastante propício à transação. A expectativa de analistas e bancos de investimentos é que, se a oferta de units da distribuidora de energia Energisa for bem sucedida, outras empresas aproveitem para vender seus papéis na sequência.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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