Fonte: Agência Câmara
Em depoimento à CPI do DPVAT, o diretor-presidente da Seguradora Líder do Consórcio DPVAT, Ricardo Xavier, disse que a entidade registrou 29 mil casos de fraudes no pagamento do seguro entre 2008 e 2015.
Segundo ele, os principais tipos de fraudes são baseados em documentos falsos, como boletins de ocorrência policiais (27,7%) e boletins de atendimento médico hospitalar (24,9%).
Ele disse aos deputados que o número de fraudes tem caído desde 2009, a partir da criação de um sistema de gerenciamento de fraude, que tem vários filtros, e por mudanças de procedimento, como pagamentos apenas em contas bancárias dos beneficiados.
“Os casos suspeitos vão para uma auditoria. Seguros amplos como o DPVAT são muito sujeitos a fraudes, já que as indenizações são pedidas a partir de documentos produzidos por autoridades, seja a polícia ou hospital”, disse.
No ano passado, de acordo com Xavier, a arrecadação total do seguro DPVAT somou R$ 8,6 bilhões. Desse total, R$ 4,3 bilhões foram para a União e R$ 3,3 bilhões para o pagamento de indenizações.
Já as seguradoras que formam os consórcios administrados pela Seguradora Líder receberam R$ 101 milhões, sem contar R$ 200 milhões para despesas administrativas.
A reunião prossegue no plenário 4.