Brasil tem elevado grau de solvência, diz presidente da CNSeg em palestra no CVG-RJ

Fonte: CNseg

marcio coriolano 3O presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Serôa de Araujo Coriolano, afirmou, durante almoço-palestra do Clube Vida em Grupo (CVG-RJ), que o mercado de seguros brasileiro possui um nível de solvência equiparado ao de países de primeiro mundo. “Embora digam que o Brasil ainda está ingressando no nível de solvência II, o nível de solvência I já basta para dar o conforto que as famílias e empresas que contratam seguro merecem, e isso já é uma grande garantia”, disse ele.

Coriolano destacou ainda que esse forte padrão de solvência é um dos fatores que dão segurança ao mercado em momentos de crise, como o atual. “As provisões técnicas e as garantias cresceram mais do que o esperado porque o nosso mercado é solvente, se não fosse essa solvência estaríamos enfrentando muito mais problemas do que enfrentamos hoje“, observou.

O evento fez parte das comemorações de 50 anos do CVG-RJ. Na ocasião, Marcio Coriolano, que também é economista e presidente da Bradesco Saúde e da Mediservice, foi homenageado recebendo uma placa com o Título de Sócio Honorário do CVG-RJ.

Ainda em sua palestra, o presidente da CNSeg destacou que o mercado de seguros é resiliente a crises. ”A arrecadação obedece ao PIB tardiamente, porque quando as pessoas aumentam a renda, elas demoram um pouco a investir. Por essa razão, embora o PIB venha caindo desde 2011, o mercado segurador, a partir de 2012, teve uma evolução positiva. Embora o PIB tenha caído 3,8%, nosso mercado, medido da mesma forma que o PIB, cresceu 11,8% em 2015”, disse Coriolano, observando que as expectativas para 2016 também são de crescimento.

O executivo também afirmou que a crise pode ser vista como uma oportunidade de superação. “A crise é a mãe das oportunidades porque ela nos força a reagir. Ela queima gorduras e acende bons fluidos para os mercados e para as pessoas”, afirmou o presidente da CNseg.

Marcio Coriolano disse ainda que, nos próximos anos, o setor de seguros deverá trabalhar com cinco requisitos para uma nova jornada: a estabilidade regulatória, a regulação contracíclica, a redução dos custos de observância, a ampliação dos canais de acesso ao consumidor e o aperfeiçoamento da comunicação com foco na educação em seguros. Entre esses aspectos, ele destacou principalmente o foco na educação. “A expressão educação financeira é vaga demais para o nosso setor. Nosso cliente não precisa só saber fazer conta, ou abrir conta em banco, ele precisa saber coisas como o que é mutualismo, por exemplo, alguns fundamentos básicos que não são do conhecimento de todos”, afirmou Coriolano, enfatizando a importância de ser realizado um trabalho duradouro e profundo nesse sentido.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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