S&P rebaixa rating de seguradoras após mudar escala do Brasil para negativa

ratingDepois de alterar a perspectiva dos ratings da República Federativa do Brasil em moeda estrangeira e em moeda local na escala global de estável para negativa, a Standard & Poor’s (S&P) alterou a perspectiva das notas de seguradoras brasileiras para negativa. Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, a agência alterou a perspectiva dos ratings atribuídos na escala global à Allianz Global Corporate & Specialty Resseguros Brasil (AGCS), à Sul América Companhia Nacional de Seguros e à Sul América para negativa. Também reafirmou os ratings na escala global dessas entidades.

A S&P também mudou a perspectiva dos ratings na Escala Nacional Brasil da Sul América Companhia Nacional de Seguros e da Bradesco Seguros de estável para negativa e reafirmamos seus ratings. Reafirmou os ratings na Escala Nacional Brasil da Allianz Global Corporate & Specialty Resseguros Brasil (AGCS) e a perspectiva permanece estável, segundo comunicado ao qual teve acesso o blog Sonho Seguro.

Foram rebaixados os ratings na Escala Nacional Brasil da Sul América S.A., de ‘brAA’ para ‘brAA-‘. A perspectiva é negativa. “Também rebaixamos o rating atribuído à dívida senior unsecured da seguradora, de ‘brAA’ para ‘brAA-’”, informa o comunicado. A perspectiva negativa em ambas as escalas da SulAmérica reflete a restrição vinda dos ratings soberanos porque o negócio de seguros da empresa e seu portfólio de investimentos são altamente expostos ao risco soberano brasileiro.

A perspectiva negativa dos ratings na escala global da AGCS Re Brasil e dos ratings na escala global e escala nacional da SulAmérica e da SASA reflete o fato de que existe uma possibilidade maior do que uma em três de rebaixarmos os ratings na escala global dessas entidades nos próximos dois anos, espelhando uma ação similar no soberano.

A perspectiva negativa na escala nacional da Bradesco Seguros espelha aquela de seu controlador; um rebaixamento nos ratings na escala nacional do Bradesco resultaria em ação similar nos de sua subsidiária de seguros.

A perspectiva estável do rating na escala nacional da AGCS Re Brasil reflete as restrições dos ratings na escala global, os quais são limitados pelo rating em moeda local do soberano, o qual é acima do rating em moeda estrangeira. Para rebaixarmos os ratings na escala nacional da AGCS Re Brasil, teríamos primeiro de rebaixar o rating em moeda local do soberano em dois ou mais degraus, o que é altamente improvável.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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