O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 14,25% ao ano, sem vies. Essa é a sexta alta consecutiva da Selic e o maior patamar desde outubro de 2006. A decisão foi tomada por todos os membros do Copom. Segundo o comunicado, “o Comitê entende que a manutenção desse patamar da taxa básica de juros, por período suficientemente prolongado, é necessária para a convergência da inflação para a meta no final de 2016. Em doze meses, a inflação já está no dobro da meta.
Obviamente a taxa de juros elevada atrapalha o desempenho da economia e por isso não é comemorada pelos empresários, uma vez que reduz o poder de compra do consumidor entre outras implicações negativas para o crescimento do país. No entanto, avalia o blog Sonho Seguro, o mercado segurador se beneficia, uma vez que 90% das suas provisões técnicas estão aplicadas em títulos do governo. Dados da consultoria Siscorp calculam reservas de R$ 586 bilhões, considerando-se seguros, previdência, capitalização e saúde complementar. Com isso, o resultado financeiro das seguradoras cresce a cada elevação determinada pelo Copom.
Com esse novo aumento, a taxa de juros reais, que desconta dos juros nominais a inflação dos últimos 12 meses, está agora em 4,92%. É a maior do mundo, de acordo com um ranking com 40 países formulado pela Infinity Asset Manegement e o site MoneYou. Em seguida vem China (3,40%), Filipinas (2,77%) e Tailândia (2,60%). Em último estão Rússia (-3,30%), Argentina (-11,15%) e Venezuela (-28,97%), segundo divulgou o portal Exame.