De acordo com o balanço das atividades do ano de 2014, divulgado pela FenaCap – Federação Nacional de Capitalização, o setor distribuiu em sorteios um total de R$ 1,149 bilhão, valor 12,5% superior ao que foi pago a portadores de títulos em 2013, o equivalente a R$ 4,5 milhões por dia útil do ano. Atualmente, existem 34 milhões de clientes de títulos de capitalização ativos no país. Segundo o presidente da FenaCap, Marco Barros, o crescimento continuado do setor se deve, principalmente, à grande variedade de ofertas disponíveis no mercado. “Há produtos que contribuem para desenvolver a disciplina para guardar dinheiro, outros que substituem a figura do fiador nas transações de aluguéis comerciais e residenciais, outros que funcionam como instrumento promocional, voltados para pessoas jurídicas. E todos contam com o aspecto lúdico dos sorteios, sem dúvida um dos grandes diferenciais da capitalização, que torna os produtos especialmente atraentes”, assinala o presidente da FenaCap. Segundo ele, as facilidades de contratação – preço médio de R$ 28 – e a ausência de burocracia na aquisição completam o leque de atrativos dos produtos, contribuindo para a sua grande aceitação no mercado.
Reflexo disso é o crescimento do volume das reservas técnicas, montante relativo aos depósitos efetuados por clientes de títulos de capitalização e que são devolvidos sob forma de resgates ao fim dos planos, que registrou um avanço de 11,9%, ultrapassando a marca de R$ 29,942 bilhões em 2014. “Esses são recursos que incrementam a poupança interna, contribuindo para o desenvolvimento do país”, destaca Marco Barros. Os valores devolvidos aos clientes no período foram igualmente expressivos, atingindo os R$ 15,182 bilhões, um aumento de 16,1%, em comparação 2013. “Esses recursos, por sua vez, voltam às mãos dos clientes e, além de permitirem a realização de sonhos e projetos pessoais, aquecem a economia”, observa.
O faturamento do setor atingiu R$ 21,870 bilhões, o que representa avanço de 4,3% em relação ao ano anterior. “O crescimento do setor ficou dentro do esperado, em função do desempenho da economia e de fatores como a realização da Copa do Mundo, que reduziu o número de dias úteis de vendas”, analisa Marco Barros. “Com a diversificação dos canais de distribuição, por meio dos call centers e das vendas online, nossa expectativa é crescer 8% em 2015”, finaliza o presidente da entidade.