Acordo da Caixa com a TIVVO garante taxa competitiva*

*matéria produzida com exclusividade para o especial “Pequenas e Médias Empresas” do jornal Valor Econômico,que circulou no dia 30/09/2009

Levar crédito direto ao consumidor com taxas competitivas, aprovação imediata, sem custo para o varejista, que recebe o valor da venda a prazo em dois dias, sem deságio e está livre dos encargos da inadimplência? Exatamente isso. Trata-se de uma das parcerias articuladas pela Fecomercio que tem animado os comerciantes.

O produto é fruto de um acordo entre a Caixa Econômica Federal e a TIVVO, que começou a ser estruturado neste ano e deslanchou em setembro. A Caixa tinha esse projeto engavetado. A TIVVO, uma empresa que oferece soluções para a busca e manutenção de clientes, precisava de funding para manter o negócio, ameaçado com a falta de liquidez gerada pela crise.

“O interesse da Caixa é injetar dinheiro no mercado para movimentar a economia, e o nosso, levar crédito ao público de menor renda em condições mais acessíveis. Isso agilizou a parceria”, diz Ricardo Alessandro Castagna, sócio diretor da empresas.

Desde 2006, a TIVVO desenvolve tecnologia para facilitar ao lojista a maior oferta de crédito. “Temos programas inteligentes que cruzam diversos tipos de dados, o que nos permite reduzir o custo da inadimplência e da fraude e, assim, operar com taxas competitivas”, diz o empresário. Se o calote ocorrer, a taxa vai rever as condições negociadas. Ou seja, não imputa a responsabilidade, mas dá limites de tolerância.

Com a crise, os recursos captados pela TIVVO, provenientes de fundos de investimento, secaram. A empresa, que já prestava serviços para a Caixa, sugeriu o projeto, que, coincidentemente, estava na gaveta. “Por ser um processo inovador e que vem ao encontro das necessidades da Caixa em irrigar a economia com o crédito para as camadas de menor renda, o projeto andou e está tendo excelente aceitação”, diz o sócio da TIVVO. A empresa é remunerada pela Caixa com uma parte da rentabilidade obtida com a operação.

Segundo ele, já foram fechados negócios com supermercados, lojas de móveis e agências de turismo. O lojista pode disponibilizar aos seus clientes três linhas de crédito da Caixa por meio da TIVVO: crédito direto ao consumidor (CDC); crédito pessoal (CP); crédito consignado em folhas de pagamentos e financiamento imobiliário. “Nossa meta é diminuir a burocracia, reduzindo custos e mitigando riscos em toda a cadeia.”

O produto padrão desenvolvido pela TIVVO e Caixa para os lojistas envolve o crédito direto ao consumidor. “A TIVVO instala um software, sem custo para o lojista, que possibilita a ele dar crédito a seu cliente parcelado em até 12 vezes e receber o valor em D+2, ou seja, dois dias depois da operação, sem deságio”, explica Antonio Carlos Borges, diretor executivo da Fecomercio. “Os concorrentes demoram em média 30 dias para creditar ao lojista o valor da venda. Para antecipar, cobra taxa de juros. A Caixa não”, acrescenta Castagna.

*matéria produzida com exclusividade para o especial Pequenas e Médias Empresas do jornal Valor Econômico, que circulou no dia 30/09/2009

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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