FenaSaúde registra R$ 9,4 bilhões em despesas assistenciais no primeiro trimestre

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A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne 38% dos beneficiários de todo o mercado de Saúde Suplementar no país, registrou R$ 9,4 bilhões em despesas assistenciais nos três primeiros meses de 2014. Em comparação com o mesmo período de 2013, quando estas despesas somaram R$ 8,1 bilhões, houve crescimento de 15,6%. Em contrapartida, as receitas das associadas à Federação cresceram a uma taxa menor: 12,8%, registrando R$ 11,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014 contra R$ 10,3 bilhões no mesmo período do ano passado.

A série histórica aponta para a tendência do crescimento das despesas com assistência à saúde superior à expansão das receitas. Ao analisar os períodos de janeiro a março de 2010 a 2014, as despesas assistenciais entre as associadas à entidade aumentaram em 98,1%, enquanto a evolução das receitas foi de 92,1%.

O comportamento do mercado de Saúde Suplementar também acompanha tendência verificada pelas associadas à FenaSaúde, com crescimento das despesas com assistência médica em 67,9% nos últimos cinco anos, e receitas evoluindo 62,1%. “Na avaliação da Federação, o aumento das despesas assistenciais tem como razões a contínua incorporação de novas tecnologias médicas, o aumento do custo de materiais e medicamentos e a judicialização, que frequentemente garante a um bom número de beneficiários procedimentos que eles, por livre escolha, não contrataram ou que não estão acolhidos pelas normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o que gera desequilíbrio nas contas do setor”, afirma Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde. Tais distorções afetam todos os beneficiários de planos e empregadores que os oferecem como benefício, únicos provedores dos recursos para a assistência.

No que se refere à solvência, as associadas à Federação apresentaram um incremento de 54,3% nas reservas financeiras nos últimos três anos, levando-se em consideração a comparação do primeiro trimestre de 2014, quando foram alcançados R$ 11,8 bilhões, com os R$ 7,6 bilhões registrados no mesmo período de 2012.

Este crescimento foi proporcional ao observado no mercado de Saúde Suplementar no período, que foi de 54,4%. Essas reservas técnicas são constituídas ao longo dos anos e devem ser mantidas pelas operadoras de planos e seguros de saúde, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com a finalidade de garantir a capacidade de pagamento de todos os compromissos assumidos com os beneficiários.

A análise econômica do primeiro trimestre de 2014 – referente a todo o mercado de Saúde Suplementar e às associadas à FenaSaúde – constará no 7º Boletim de Indicadores Econômico-Financeiros e de Beneficiários, editado pela entidade, que será lançado em agosto.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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