Após mais de meio século de carreira no Bradesco, o vice-presidente da FenaCap, Norton Glabes Labes, se despede da diretoria da entidade e do banco. Em entrevista para o site da FenaCap ele relembra momentos marcantes, fala do avanço do segmento e revela os planos para o início de uma nova vida, sem pensar em parar.
Quando e como o Senhor iniciou as suas atividades profissionais? E no segmento de capitalização?
Ingressei na carreira bancária aos 13 anos de idade como aprendiz de contínuo. Fui transferido para a Bradesco Capitalização como Diretor Geral em 29 de novembro de 2004.
Como foi a experiência no segmento de capitalização?
Conhecer o mundo dos seguros foi uma das melhores experiências. Ao dirigir a Bradesco Capitalização tive a satisfação de sentir por inúmeras vezes a emoção de pagar os maiores prêmios de sorteios a centenas de clientes contemplados. Também me foi dada a oportunidade de conhecer todos os estados brasileiros, visitando diretores e gerentes regionais, que muito me apoiaram para o sucesso da Bradesco Capitalização.
O setor de capitalização vem apresentando taxas de crescimento expressivas. A que atribui esse desempenho?
O setor ficou estagnado por um determinado tempo na época da inflação alta. Com o tempo, o público passou a conhecer melhor o produto de capitalização e percebeu que era uma ótima forma de economizar e manter reservas, concorrendo a prêmios em dinheiro. A FenaCap contribuiu muito para que a mídia e seus jornalistas entendessem melhor o produto, que não é financeiro e muito menos um jogo, uma vez que o comprador do título resgata 100% do valor pago, com correção do período.
Há alguma experiência ou fato marcante que gostaria de registrar?
Todos os clientes premiados ficam extasiados com a notícia, alegando que o prêmio veio em boa hora. E, mais emocionado que o próprio contemplado, ficam os nossos funcionários, que vendem o título e ficam extremamente felizes quando percebem que foram eles quem trouxeram a sorte para o ganhador. Percebi que as pessoas se realizam com a felicidade de seu semelhante e isto é muito gratificante.
Quais são os seus planos futuros?
Após 52 anos e meio de carreira, pude reunir um grande rol de amigos, dentro e fora do meu ambiente profissional. Montarei um escritório, onde vou procurar canalizar parcerias que possam continuar a me motivar. Trabalhando em outros focos de negócios, estarei apoiando os meus filhos profissionalmente, procurando levar a eles toda a experiência adquirida em uma organização como o Bradesco. Vou procurar ter mais tempo para a família e amigos, que sempre me apoiaram em todo o tempo de muito trabalho em minha carreira. Hoje, me comove e percebo que, em minha carreira vitoriosa, estou sendo exemplo e estímulo para os colegas, tanto do banco como da seguradora, que, se focarem, trabalhando corretamente, poderão chegar ao topo dentro de uma organização como a nossa, de carreira fechada. Por último, quero me dedicar, também, ao terceiro setor, como voluntário de algumas ONGs, assim retribuindo tudo que Deus me deu.