O banco Santander Brasil anunciou nesta quinta-feira lucro líquido consolidado de R$ 5,848 bilhões em 2013, alta de 6,5% em relação ao ano anterior. Desse valor, R$ 1,8 bilhão veio da venda de seguros, referente a comissões e produtos da Santander Zurich distribuídos no balcão do banco, conforme parceria das duas instituições no segmento de seguros. Ou seja, seguro gerou ganho equivalente a 31% do lucro do banco espanhol no Brasil.
O ganho com seguro representa alta de 24,5% em 12 meses. Segundo informações do banco ao blog Sonho Seguro, esse valor inclui o efeito extraordinário de mudanças na regulamentação da Susep em marco de 2013, que determina o reconhecimento do resultado das apólices no próprio ano. Sem o efeito extraordinário, o crescimento no ganho com a operação de seguros teria sido de 15,7% em 12 meses.
Os ativos totais do Santander Brasil encerraram dezembro em R$ 485,8 bilhões, alta de 8,2% em relação ao visto um ano anterior. A carteira de crédito do banco somou R$ 227,48 bilhões, alta anual de 7,3%.
No mundo, o banco espanhol, maior banco da zona do euro, divulgou lucro de 4,37 bilhões de euros (US$ 5,96 bilhões) em 2013, quase o dobro do que ganhou um ano antes. O banco disse que a receita líquida de juros caiu 13,3% ante 2012, para 25,94 bilhões de euros.
Parceira – Em fevereiro de 2011, o Grupo Santander anunciou acordo para a formação de parceria com a seguradora Zurich Financial Services Group, com meta de potencializar o negócio de seguros no Brasil, no Chile, no México, na Argentina e no Uruguai. A integração da produção de seguros se deu por meio da holding Santander Zurich, com sede na Espanha, sendo 51% do capital bem como gestão das empresas ficou por conta da Zurich.
O Santander manteve 49% do capital dessa holding e assinou um acordo de distribuição para a venda de produtos de seguro em cada país durante 25 anos. Na época, a operação foi avaliada em US$ 3,275 bilhões. A parceria contempla todas as modalidades de seguros, exceto automóveis, que segue de forma independente, com parceiros como Porto Seguro, Marítima e SulAmérica, além, claro, da oferta também do produto da Zurich. A operação de títulos de capitalização também ficou fora da parceria.