por Rodrigo Amaral, da Risco Seguro
O mercado de seguros para empresas segue crescendo, abrindo espaço para novos subscritores ao mesmo tempo em que os tradicionais líderes do setor mantêm sua posição no topo do ranking. É o que mostra análise do mercado feita pela RSB com base nas estatísticas anuais do mercado disponibilizadas pela Susep. A Mapfre mais uma vez ocupa a primeira posição do ranking, seguida pela Tokio Marine. Em seguida vêm a Zurich (integrando todas suas operações no Brasil) e a Chubb – as duas empresas vêm se alternando na terceira e quarta colocações. A Sompo fechou 2024 na quinta posição, seguida pela HDI; no caso desta, também somando os dados de todas suas unidades.
HDI e Zurich despontaram como as empresas que mais cresceram nos ramos de seguros empresariais entre as cinco líderes: os prêmios aumentaram 25% e 17%, respectivamente, em termos absolutos. A Austral é outra seguradora que se destacou pelo crescimento entre as top 15 no ano passado, também com um incremento de 17%.
O levantamento mostra ainda que o mercado de seguros para empresas segue bastante concentrado: os dez maiores players possuem 55,4% dos prêmios.
Un ranking para a gerência de riscos
Conforme sua vocação de informar os gerentes de riscos e compradores de seguros empresariais, a análise da RSB se foca nas linhas de seguros normalmente adquiridos pelas companhias brasileiras. O ranking é baseado nas estatísticas de prêmios de seguros compiladas pela Susep para 42 linhas de seguros. Seguros massificados, como vida e automóvel, e direcionados ao público consumidor, como garantia estendida ou fiança locatícia, não fazem parte do levantamento.
A análise dos dados mostra um mercado que cresce solidamente, mas cujas posições estão bastante consolidadas.
Com a economia crescendo mais do que o esperado e as empresas gradualmente mais conscientes dos custos de não investir na prevenção e mitigação de riscos, os seguros para empresas devem continuar oferecendo oportunidades de crescimento – e quem sabe para a entrada de novos atores.
Cabe às empresas investir em produtos inovadores e mais adequados às necessidades das empresas brasileiras. Esse processo, ainda lento, está começando a pegar ritmo desde 2021, quando o Conselho Nacional de Seguros Privados liberou a negociação dos clausulados de grandes riscos. A alta concentração tampouco colabora para melhorar o acesso a produtos inovadores por parte das empresas.
Resta ver se o novo Marco do Seguros, que começa a valer em dezembro, vai permitir que o mercado conclua esta jornada. Se for este o caso, ganham os compradores de seguros – e ganha a economia brasileira.
Leia a matéria completa do Rodrigo Amaral no portal Risco Seguro. Está realmente muito boa.