Risco Seguro: Líderes resistem em seguros empresariais, mas rivais crescem mais rápido

Mapfre e Tokio Marine ainda lideram segmento, mas empresas como HDI, Austral e Zurich registraram maior ritmo de aumento de prêmios em 2024; dez seguradoras concentram mais da metade do mercado

por Rodrigo Amaral, da Risco Seguro

O mercado de seguros para empresas segue crescendo, abrindo espaço para novos subscritores ao mesmo tempo em que os tradicionais líderes do setor mantêm sua posição no topo do ranking. É o que mostra análise do mercado feita pela RSB com base nas estatísticas anuais do mercado disponibilizadas pela Susep. A Mapfre mais uma vez ocupa a primeira posição do ranking, seguida pela Tokio Marine. Em seguida vêm a Zurich (integrando todas suas operações no Brasil) e a Chubb – as duas empresas vêm se alternando na terceira e quarta colocações. A Sompo fechou 2024 na quinta posição, seguida pela HDI; no caso desta, também somando os dados de todas suas unidades.

HDI e Zurich despontaram como as empresas que mais cresceram nos ramos de seguros empresariais entre as cinco líderes: os prêmios aumentaram 25% e 17%, respectivamente, em termos absolutos. A Austral é outra seguradora que se destacou pelo crescimento entre as top 15 no ano passado, também com um incremento de 17%. 

O levantamento mostra ainda que o mercado de seguros para empresas segue bastante concentrado: os dez maiores players possuem 55,4% dos prêmios. 

Un ranking para a gerência de riscos

Conforme sua vocação de informar os gerentes de riscos e compradores de seguros empresariais, a análise da RSB se foca nas linhas de seguros normalmente adquiridos pelas companhias brasileiras. O ranking é baseado nas estatísticas de prêmios de seguros compiladas pela Susep para 42 linhas de seguros. Seguros massificados, como vida e automóvel, e direcionados ao público consumidor, como garantia estendida ou fiança locatícia, não fazem parte do levantamento.

A análise dos dados mostra um mercado que cresce solidamente, mas cujas posições estão bastante consolidadas. 

Com a economia crescendo mais do que o esperado e as empresas gradualmente mais conscientes dos custos de não investir na prevenção e mitigação de riscos, os seguros para empresas devem continuar oferecendo oportunidades de crescimento – e quem sabe para a entrada de novos atores. 

Cabe às empresas investir em produtos inovadores e mais adequados às necessidades das empresas brasileiras. Esse processo, ainda lento, está começando a pegar ritmo desde 2021, quando o Conselho Nacional de Seguros Privados liberou a negociação dos clausulados de grandes riscos. A alta concentração tampouco colabora para melhorar o acesso a produtos inovadores por parte das empresas. 

Resta ver se o novo Marco do Seguros, que começa a valer em dezembro, vai permitir que o mercado conclua esta jornada. Se for este o caso, ganham os compradores de seguros – e  ganha a economia brasileira.

Leia a matéria completa do Rodrigo Amaral no portal Risco Seguro. Está realmente muito boa.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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