A primeira reunião da nova diretoria da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) definiu o principal foco da entidade para o triênio 2025-2027. Entre os principais desafios destacados estão as adaptações operacionais das seguradoras com a entrada em vigor da nova Lei de Seguro, em dezembro deste ano, e o acompanhamento da regulamentação da nova legislação pela Susep.
O encontro, realizado na última quinta-feira (13), também marcou a eleição para a presidência das Comissões Técnicas da FenSeg, que agora somam 14, com a inclusão da nova Comissão de Cascos Marítimos e Aeronáuticos.
Para o presidente Ney Ferraz Dias, a missão da nova diretoria – composta por 22 diretores – é seguir representando as seguradoras que atuam no segmento de seguros de danos e responsabilidades, especialmente na promoção dos mais de 90 ramos e modalidades oferecidos pelo setor.
“Nos próximos três anos, enfrentaremos desafios importantes. Um, porém, exige nossa atenção imediata: apoiar as seguradoras nas adaptações com a nova Lei de Seguro e acompanhar de perto, junto à Susep, a sua regulamentação”, explicou o presidente da FenSeg.
Além disso, Dias destacou a responsabilidade constante da FenSeg em comunicar de forma clara os benefícios dos seguros de danos e responsabilidades à sociedade. Em 2024, esse segmento pagou mais de R$ 60 bilhões em indenizações, o que representa um crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior.Já a arrecadação do setor ficou em R$ 134,4 bilhões, aumento de 7,4%, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), analisados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg) e pela FenSeg.
Na avaliação do dirigente, o desempenho do segmento reflete uma expansão geral em seus diversos ramos, evidenciando o crescente reconhecimento dos brasileiros sobre a importância do seguro na proteção de seus bens e riscos pessoais e empresariais. “É relevante observar que todos os ramos de seguros de danos e responsabilidades apresentaram resultados positivos, desde os mais tradicionais, como automóvel, rural e residencial, até aqueles voltados para grandes obras de infraestrutura e para empresas de diferentes portes, passando por embarcações, aeronaves e transporte de carga”, afirma.
Destaques do mercado:
Automóvel: R$ 57,6 bilhões em arrecadação (+3,2%) e R$ 33,5 bilhões em indenizações. Observação importante: a procura pelos serviços de Assistência e outras coberturas cresceu 29,1% (R$ 7,9 bilhões arrecadados), enquanto os valores indenizados subiram 20,1% (ou R$ 3,7 bilhões). Além disso, a cobertura de Responsabilidade Civil Facultativa, que cobre danos a terceiros, teve crescimento de 8,7% (R$ 13,1 bi arrecadados), com aumento de 7,6% nas indenizações pagas, que somaram R$ 7,8 bilhões.
Rural: R$ 14,1 bilhões arrecadados (+1,5%) e R$ 4,2 bilhões em indenizações. Aqui, também vale observar a aceleração da procura pelas modalidades Seguro Vida Produtor e Penhor Rural, que arrecadou R$ 7,9 bilhões, aumento de 15,6%; e Seguro Pecuário, expansão de 72,3% na arrecadação (R$ 170,3 milhões).
Patrimoniais Grandes Riscos: R$ 8,7 bilhões (+14,4%) e R$ 6 bilhões em indenizações.
Além disso, o avanço mais expressivo na arrecadação foi observado nos seguintes ramos:
Condomínio: +29,4%
Fiança Locatícia: +23,3%
Cascos Marítimos e Aeronáuticos: +21,1%
Garantia: +17,6%
Crescimento robusto em outros segmentos:
Residencial: R$ 6 bilhões (+16,5%)
Habitacional: R$ 7,1 bilhões (+11,2%)
Empresarial: R$ 4,3 bilhões (+11,5%)
Transportes: R$ 6,1 bilhões (+5,5%)
Garantia Estendida: R$ 3,8 bilhões (+10,9%)
O grupo de seguros de Responsabilidades foi um destaque à parte, ao arrecadar R$ 4,4 bilhões, representando um aumento de 11,9%. As diversas modalidades de Responsabilidade Civil tiveram desempenhos positivos: RC Geral (R$ 1,98 bi arrecadados, crescimento de 10,2%); RC D&O, seguro para executivos (R$ 1,1 bi/7,7%); RC Profissional (R$ 866 milhões/18,7%); Riscos Ambientais (R$ 193 milhões/20,9%); Riscos Cibernéticos (R$ 238 milhões/16,8%). No total, este grupo de seguros pagou R$ 1 bilhão em indenizações.
Em conjunto, o grupo de seguros de responsabilidades pagou R$ 1 bilhão em indenizações.
Além da maior percepção de valor sobre os seguros que protegem contra danos e cobrem responsabilidades civis, alguns eventos climáticos extremos contribuíram para a expansão, tanto nas contratações quanto nas indenizações pagas, a exemplo das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul e as queimadas que avançaram sobre diversas regiões do país.
A FenSeg, que representa 78 seguradoras do segmento de Danos e Responsabilidades, conta com os seguintes dirigentes em sua diretoria:
Presidente: Ney Ferraz Dias (Bradesco Auto/Re)
Vice-presidentes:
1º Vice: Felipe Nascimento (Mapfre)
Eduard Folch Rue (Allianz)
José Rivaldo Leite da Silva (Porto Seguro)
Marcelo Goldman (Tokio Marine)
Rafael de Gouveia Ramalho (HDI)
Diretores:
Alfredo Lalia Neto (Sompo)
Amauri Aguiar de Vasconcelos (Brasilseg)
Bruno de Almeida Camargo (Fairfax)
Carlos Frederico Ferreira (Austral)
Cristina dos Santos Domingues (Starr)
Edson Morikazu Toguchi (Berkley)
Eduardo Nogueira Domeque (Itaú Seguros)
Fabio José Pereira Leme (Zurich Minas)
Fernando Correa Soares (Suhai)
Filipe Bonetti Alves (Essor)
Guilherme Perondi Neto (Swiss Re)
João de Lima Géo Neto (Pottencial)
Luis Antonio Nagamine (Mitsui Sumitomo)
Luciano Alves Santos (Chubb)
Roque Junior de Holanda Melo (Junto)
Saint’Clair Pereira Lima (Bradesco Auto/Re)
Membros titulares do Conselho Fiscal:
Flavio Sá (AIG)
Gustavo Genovez (180 Seguros)
Paulo de Oliveira Medeiros (AllSeg)
Suplentes:
Carlos Alberto Trindade (Aliança da Bahia)