Mulheres no comando: como a Generali Brasil está liderando a equidade de gênero no setor de seguros
No mês em que celebramos as conquistas e a força das mulheres, a Generali Brasil surge como um exemplo de como políticas de diversidade e inclusão podem transformar o ambiente corporativo. Sob a liderança de Débora Pinto, diretora de Recursos Humanos da empresa, a seguradora tem implementado ações concretas para ampliar a presença feminina em cargos de liderança e tomada de decisão, além de promover um ambiente mais justo e igualitário.
Atualmente, 41% dos cargos de liderança na Generali são ocupados por mulheres, número que sobe para 44% quando se trata de posições estratégicas com reporte direto ao CEO. “Nossa busca tem sido por elevar a presença feminina em posições de liderança”, afirma Débora. “Oferecemos programas de formação de liderança voltados a esse público, desenvolvendo talentos para que essas mulheres estejam preparadas para assumir cargos de maior responsabilidade.”
A executiva destaca ainda iniciativas como o programa de amamentação por até um ano, trabalho remoto durante as férias escolares e licença-maternidade ampliada. “Ao terem mais qualidade de vida e bem-estar físico e emocional, as mulheres se sentem mais preparadas e tranquilas para assumir novos desafios profissionais”, explica.
Em 2023, a Generali foi reconhecida pela Sou Segura, primeira Associação das Mulheres do Mercado de Seguros, na categoria “RRR – Reconhecer, Redistribuir e Remunerar”. O prêmio destacou as estratégias abrangentes de equidade implementadas pela empresa. “Investimos em iniciativas que reconhecem o valor individual de cada colaborador, remunerando de forma equitativa e reforçando nosso compromisso com o protagonismo feminino no local de trabalho”, diz Débora.
A empresa também criou uma ação afirmativa para garantir que as mulheres tivessem a possibilidade de um maior aumento salarial por mérito em comparação aos homens. “Ano passado, do total de 182 movimentações salariais realizadas, 54% foram para mulheres”, revela a executiva.
As políticas de diversidade e inclusão da Generali têm impactado positivamente a carreira das mulheres dentro da companhia. Em todo processo seletivo para cargos de liderança, a empresa garante que pelo menos uma candidata esteja na lista final. Além disso, benefícios como isenção de coparticipação do plano de saúde para gestantes, manutenção de vales refeição durante a licença-maternidade e extensão da licença para até 180 dias são algumas das medidas adotadas.
“Trabalhamos muito na formação das nossas pessoas para evitar vieses inconscientes e crenças limitantes, que podem impactar o crescimento profissional de qualquer indivíduo, e não apenas das mulheres”, ressalta Débora. A empresa também realiza pesquisas anuais de engajamento e fóruns para ouvir as opiniões dos colaboradores sobre temas de RH.
Com as mulheres desempenhando um papel cada vez mais decisivo no consumo, a Generali tem adaptado seus produtos e estratégias para atender melhor esse público. “Além de lançarmos produtos exclusivos, como o Bolsa Protegida, buscamos fortalecer nossa comunicação com elas”, explica a executiva. A empresa utiliza análises de CX e Inteligência de Mercado para identificar as necessidades específicas das mulheres.
Para Débora, o futuro do setor de seguros está intrinsecamente ligado à ampliação da participação feminina. “Incentivar a formação de lideranças femininas e estimular benefícios voltados para elas são ações que continuarão a abrir espaço para que as mulheres sejam protagonistas no nosso setor”, afirma.
A executiva também destaca o crescimento de mais de 12% no mercado de seguros entre 2023 e 2024, segundo dados da SUSEP. “Novas possibilidades de carreira surgem para as mulheres, especialmente em um setor com menor risco ocupacional em comparação a outros, como a indústria e a construção civil”, observa.
A Generali tem um indicador chamado Equal Pay Gap, que avalia diferenças salariais entre gêneros. Em 2023, o indicador no Brasil foi de 1,4%, com a meta de zerar a diferença até o final de 2025. “A cada admissão e promoção, recalculamos o indicador para adotar ações imediatas de correção salarial para mulheres, quando aplicável”, explica Débora.
No entanto, a executiva reconhece que os desafios vão além do ambiente corporativo. “Existe uma pressão social muito grande sobre as mulheres, dificultando a priorização de suas carreiras, já que dedicam longas horas às atividades domésticas”, reflete. Ela compartilha uma experiência marcante: “Certo dia, entrevistei uma candidata em licença-maternidade. Enquanto conversávamos, seu filho chorava ao fundo. O marido interrompeu a entrevista, e ela acabou desistindo do processo. Infelizmente, essa não é uma situação isolada.” “Precisamos mostrar a importância do mercado de seguros para a economia e garantir que mais mulheres tenham oportunidades de crescer e brilhar neste setor”, finaliza a executiva.