CNseg: setor de seguros arrecada R$ 751,3 bilhões em 2024

O setor segurador brasileiro encerrou 2024 com um crescimento expressivo de 12,2%, arrecadando um total de R$ 751,3 bilhões, de acordo com levantamento da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). Em termos de indenizações, foram mais de R$ 504 bilhões, um aumento de 7,8% em relação a 2023. O volume reflete o avanço contínuo da demanda por produtos de seguros, confirmando as projeções feitas pela entidade.

Na Saúde Suplementar, as contraprestações líquidas totalizaram R$ 315,5 bilhões (+12,1%), sendo R$ 307,6 bilhões arrecadados por planos Médico-Hospitalares (+12,2%) e R$ 7,9 bilhões por planos Odontológicos (+7,5%). As despesas assistenciais atingiram R$ 261,2 bilhões (+8,7%).

O segmento de Cobertura de Pessoas também apresentou expansão positiva, com arrecadação de quase R$ 270 bilhões, um avanço de 15,6% em relação ao ano anterior. O setor de Danos e Responsabilidade também registrou crescimento relevante, somando R$ 134,4 bilhões em arrecadação, uma alta de 7,4%.

Os Títulos de Capitalização também acompanharam o crescimento do setor, registrando faturamento de mais de R$ 32 bilhões, um aumento de 6,8% em relação ao ano anterior.

Garantia Estendida ultrapassa R$ 3,8 bilhões

No segmento de Danos e Responsabilidade, o Seguro Garantia Estendida teve um desempenho expressivo em 2024, com arrecadação de R$ 3,8 bilhões, um crescimento de 10,9% frente a 2023. Esse tipo de seguro, muito procurado durante período de alta no varejo, como Black Friday e Natal, se consolidou como uma opção popular para consumidores que desejam estender a proteção de bens duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos e automóveis.

O desempenho, de acordo com o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, “acompanhou o avanço de 11,1% na receita nominal de vendas de eletrodomésticos no varejo, conforme apontado pelo IBGE na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC)”. Para este ano, a entidade estima que o produto cresça 10,5%, 0,4 ponto percentual acima do estimado para todo o mercado, que é de 10,1%. 

No que diz respeito às indenizações pagas aos segurados, o setor desembolsou mais de R$ 400 milhões ao longo do ano para cobrir reparos e substituições de bens adquiridos após o vencimento do período de garantia ofertado pelo fabricante. 

Oliveira explica que, nos últimos anos, o Seguro Garantia Estendida precisou se adaptar ao ambiente digital, após sofrer um forte impacto com a pandemia da Covid-19. “Durante esse período, com a restrição às compras presenciais, o setor, que até então dependia fortemente da força de vendas presencial dos lojistas, enfrentou desafios na comercialização”. Em resposta, “as seguradoras investiram em ofertas personalizadas e na contratação digital, facilitando a adesão ao seguro no momento da compra, enquanto grandes redes varejistas passaram a reforçar a oferta do seguro em suas plataformas digitais e físicas”, detalhou.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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