Fonte: CNseg e Correio Braziliense
Na abertura do CB Fórum: Alavancas de Crescimento Econômico: perspectivas e diálogo entre os setores de seguros e franquias, realizado nesta quinta-feira (13), em Brasília (DF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, destacou que o setor “tem assumido um papel estratégico, tornando-se um agente indutor de práticas sustentáveis e um aliado fundamental para o desenvolvimento econômico responsável”.
“As seguradoras têm utilizado critérios em ESG (Environmental, Social and Governance) como filtro decisivo para aceitação de riscos, podendo demandar planos de contingenciamento e dispositivos de integração de tantos ambientais, exigências que vão além das normas legais para a renovação de contratos. Na prática, o setor atua em duas frentes principais como protetor contra riscos climáticos e como promotor de inclusão social”, afirmou o ministro do STF.
Nesse sentido, o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira, destacou que a fala do ministro vai de encontro às iniciativas que o setor já vem atuando, principalmente para mitigar riscos climáticos.
“Nós temos um desenvolvido lá na Confederação um hub de dados climáticos para ajudar o setor a avaliar o risco e poder oferecer seguro, também, para problemas envolvendo o clima. Estamos trabalhando com o governo a respeito de seguro para a infraestrutura brasileira. Inclusive, vemos trabalhando numa proposta de seguro social contra a catástrofe. Vários países já desenvolveram programas desse tipo, como o México, o Chile, o Peru, o Japão tem, todos os países que estão mais suscetíveis a catástrofe climática, desenvolveram um programa de seguro. Então o Brasil também precisa desenvolver isso”, lembrou.
O superintendente de Seguros Privados (Susep), Alessandro Octaviani, ressaltou também sobre a importância dos temas que envolvem o desenvolvimento sustentável para o setor de seguros. Para ele, iniciativas como garantir melhor acesso de produtores ao seguro rural, em virtude das mudanças climáticas e promover mecanismos de assegurar direito de ressarcimento dos bens das famílias em catástrofes ambientais, são ações prioritárias para todos envolvidos no setor.
Debatendo também sobre o tema da sustentabilidade e desenvolvimento, a CEO da Prudential do Brasil, Patrícia Freitas, mencionou durante o evento que a pauta de seguros e franquias teve a oportunidade de demonstrar toda sua atuação. Para ela estes setores além de impulsionar a economia oferecem oportunidades que vão desde mitigar riscos diversos a melhorar a renda da população.
Sustentabilidade e Inclusão Social
Patrícia Freitas destacou a relevância dessas áreas, reforçando que a ausência de e evidencia uma oportunidade de expansão para a economia nacional. Com uma presença consolidada de 27 anos no país, sendo 21 deles atuando no modelo de , a se estabeleceu como uma das principais seguradoras de vida no Brasil. Hoje, a empresa atende mais de 5 milhões de clientes e opera com mais de 2 mil ativas, refletindo a solidez do setor e seu potencial de crescimento.
Freitas ressaltou que os segmentos de e movimentam juntos mais de R$ 700 bilhões, representando quase 10% do PIB nacional. O setor de cresceu entre 2% e 3% no último ano, enquanto o mercado de apresentou um avanço ainda mais expressivo, acima de 13%. Esses números evidenciam o dinamismo e a resiliência dessas áreas, mesmo em um cenário econômico desafiador.
Outro ponto de destaque foi o impacto direto do seguro de vida na economia. Dados recentes da Fundação Getulio Vargas (FGV) apontam que, para cada R$ 1 bilhão arrecadado em prêmios de seguro de vida, o efeito no PIB é de R$ 1,48 bilhão. Já em relação às indenizações, cada R$ 1 bilhão pago gera um impacto de R$ 1,35 bilhão na economia. Esses dados reforçam como o setor vai além da proteção individual e desempenha um papel relevante na movimentação financeira do país.
Além do impacto econômico, Freitas ressaltou a dimensão social do setor de , que atua como um instrumento de inclusão e sustentabilidade. O acesso ao seguro de vida oferece uma rede de proteção essencial para as famílias brasileiras, promovendo estabilidade financeira e reduzindo vulnerabilidades em momentos críticos.
“A gente está falando sim de inclusão social, de sustentabilidade e de instrumentos de proteção nas suas diversas formas”, afirmou a CEO, destacando que o crescimento do setor deve ser visto como um avanço para toda a sociedade.
Com o potencial de ampliação da cobertura de e a expansão do modelo de , o mercado segue como uma peça-chave para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, criando oportunidades para empreendedores e garantindo maior segurança financeira para milhões de brasileiros.
A diretora jurídica da CNseg, Glauce Carvalhal, informou sobre as mudanças de leis que norteiam o mercado de seguros no país. Durante o encontro ela pontuou as principais legislações que impactam o setor e debateu sobre transformações regulatórias que promovem a segurança jurídica para consumidores e seguradoras.
“O Brasil passou por uma série de transformações, muitas delas até ocasionadas por fatos mundiais, como a pandemia, transformações tecnológicas, relações familiares e sociais, uma sociedade muito mais atenta aos princípios de sustentabilidade e diversidade. O seguro esteve atento e atuante em cada uma destas mudanças”, afirmou.